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Lula critica decisão do Copom e aponta falta de autonomia do Banco Central

Esta é a segunda vez nesta semana que Lula critica publicamente o Banco Central e a postura de Campos Neto. Taxa foi mantida em 10,5% ao ano

Presidente também abordou os investimentos em universidades e a greve dos servidores do setor
Presidente também abordou os investimentos em universidades e a greve dos servidores do setor - Agência Brasil
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 20/06/2024, às 13h30

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou seu descontentamento com a recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, classificando-a como "uma pena" e referindo-se ao presidente da entidade, Roberto Campos Neto, como "esse rapaz". A declaração foi feita durante uma entrevista à rádio Verdinha, de Fortaleza, no Ceará, na manhã desta quinta-feira (20).

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Esta é a segunda vez nesta semana que Lula critica publicamente o Banco Central e a postura de Campos Neto. Na reunião de quarta-feira (19), o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, interrompendo assim o ciclo de cortes que vinha sendo realizado.

Lula enfatizou que, embora o presidente da República tradicionalmente não interfira nas decisões do Copom, ele questiona a autonomia do Banco Central, estabelecida durante o governo de Jair Bolsonaro. "Foi uma pena que o Copom manteve [a taxa Selic], porque quem está perdendo com isso é o Brasil, é o povo brasileiro. Quanto mais a gente pagar de juros, menos dinheiro a gente tem para investir aqui dentro", criticou Lula.

Além das questões econômicas, o presidente também abordou os investimentos em universidades e a greve dos servidores do setor, que já dura três meses. "Todo e qualquer movimento de trabalhadores tem o direito de fazer greve, de reivindicar. O que as pessoas não podem esquecer é o que já foi feito, o que foi oferecido", disse Lula, destacando os esforços do governo em oferecer reajustes salariais e benefícios aos trabalhadores.

As paralisações nas universidades federais, iniciadas em março pelos técnicos administrativos e seguidas pelos professores em abril, têm como reivindicações a reestruturação de carreira, recomposição de salários e aumento do orçamento para a educação. Lula ressaltou que o governo já ofereceu entre 28% e 43% de reposição salarial e um reajuste antecipado de 9% no ano passado, mas lamentou a falta de reconhecimento por parte dos grevistas.

Lula também reiterou a disposição do governo para negociações. Na terça-feira (18), antes da reunião do Copom, ele concedeu uma entrevista à rádio CBN, onde criticou a alta taxa de juros e a falta de autonomia do presidente do Banco Central. "Nós só temos uma coisa desajustada no Brasil nesse instante: é o comportamento do Banco Central", afirmou.

A decisão do Copom de manter a taxa Selic foi apoiada unanimemente, incluindo os votos dos quatro indicados por Lula no Banco Central.

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