Secretários estaduais de educação entregaram, nesta terça-feira (22) um novo pedido para MEC adiar novamente o Novo Ensino Médio; Saiba os detalhes
O Ministério da Educação (MEC) pode adiar o Novo Ensino Médio mais uma vez. Os secretários estaduais de educação entregaram, nesta terça-feira (22) um pedido ao órgão federal para adiar as mudanças da nova modalidade para 2025.
A abordagem em relação à reformulação do ensino médio está gerando divergências e convergências de opiniões entre organizações educacionais de destaque.
O Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), o Conselho Nacional de Educação (CNE) e os Conselhos Estaduais apresentaram um posicionamento coletivo, divergindo em diversos pontos das sugestões propostas pelo governo para o novo modelo educacional.
A proposta inicial do MEC, apresentada no início do mês, contemplava um aumento na carga horária das disciplinas obrigatórias, passando de 1800 para 2400 horas/aula.
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No entanto, o Consed, o CNE e os Conselhos Estaduais de Educação advogam por um meio-termo, sugerindo um total de 2100 horas/aula. Esta alternativa reservaria uma parte do currículo para abranger matérias diversificadas.
Além disso, uma discrepância surge em relação à limitação dos itinerários formativos, que representa a porção da grade curricular que os estudantes podem escolher.
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Enquanto o governo propõe regras gerais, as entidades educacionais defendem a autonomia dos estados para decidir sobre esta questão. Outro ponto de divergência reside na possibilidade da educação à distância no ensino médio. Enquanto o governo se mostra contrário, os conselhos sustentam que tal modalidade deveria ser permitida.
Adicionalmente, os órgãos educacionais divergem em relação ao prazo de implementação das mudanças. Enquanto o governo propõe a entrada em vigor mais cedo, as entidades sugerem que as transformações entrem em ação a partir de 2025.
É relevante notar que mais de 80% dos estudantes de ensino médio pertencem à rede estadual. Os secretários estaduais de educação expressam um sentimento de sub-representarão até o momento, defendendo uma abordagem menos impactante do que a sugerida pelo governo.
Para tratar dessas divergências, técnicos do Ministério da Educação e das entidades se reunirão novamente na próxima segunda-feira (28) para uma análise detalhada da proposta, na tentativa de alcançar um terreno comum.
Desde o mês de abril, o calendário da reforma do ensino médio foi suspenso pelo MEC, evidenciando a complexidade das discussões e decisões em torno desta importante reforma educacional.
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