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Meta, dona do WhatsApp e Facebook, se prepara para eleições com batalhões jurídicos

Dona do WhatsApp ressalta que já tomou diversas ações, cujo objetivo é diminuir a disseminação de notícias falsas e de ódio, principalmente sobre eleições

Meta, dona do WhatsApp e Facebook, se prepara para eleições com batalhões jurídicos
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Victor Meira

Victor Meira

victor@jcconcursos.com.br

Publicado em 06/09/2022, às 14h28

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A Meta, dona do WhatsApp e Facebook, preparou um batalhão jurídico para se defender de eventuais pedidos de juízes para a reta final das Eleições no Brasil.

"Temos uma equipe de 200 advogados para atender à justiça eleitoral", afirmou Dario Durigan, chefe de políticas públicas para o WhatsApp no Brasil, para a agência de notícias Reuters. 

No último domingo (04), o jornal Estado de São Paulo divulgou uma reportagem sobre a mobilização de grupos de WhatsApp e Telegram de bolsonaristas com diversas mensagens sobre eventuais planos de assassinato do presidente Jair Bolsonaro (PL) e cassação à chapa dele. 

Com esse tipo de notícias e outras produzidas pela oposição do atual presidente, o aplicativo de mensagens da Meta pode receber inúmeras notícias falsas. Logo, tanto os partidos políticos e as campanhas quanto o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) devem entrar na justiça contra os posts.

Como o WhatsApp, ao contrário do Facebook e Twitter, não tem moderação de conteúdo nas mensagens, a disseminação de notícias falsas conta com um potencial enorme. Ainda mais que elas são protegidas por criptografia.

Diante deste ambiente de guerra, promovido pela forte polarização política, as empresas de mídias sociais tem sofrido uma forte pressão para evitar disseminação de discursos de ódio.

Em meados do mês de agosto, o ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou buscas da Polícia Federal contra empresários apoiadores do presidente Bolsonaro após a divulgação da reportagem do site Metrópoles em que alguns deles pediam um golpe de Estado, caso o ex-presidente Lula (PT) vença as eleições. 

Durigan comentou que as mensagens do WhatsApp são protegidas por criptografia. Dessa forma, o controle das mensagens, com conteúdo falso e disseminação do discurso de ódio, será feito por meio de mecanismo que impeça o disparo massificado de mensagens.

Outra estratégia é identificar as contas automáticas que têm a função de apenas disparar mensagens políticas ou falsas. "Nós fechamos todo mês cerca de oito milhões de contas automáticas", afirmou o chefe de políticas públicas à Reuters.

Ele ainda reforça que o WhatsApp limita o encaminhamento de mensagens por meio de grupos. Durigan conclui o seu pensamento ao dizer que tem entrado com ações judiciais para pedir o banimento de empresas especializadas no envio de disparos de mensagens em massa.

+++Acompanhe as principais informações sobre as eleições na editoria de Sociedade do JC Concursos

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