Além da diminuição da expectativa de crescimento do PIB, governo aumento a projeção da inflação
Depois do fraco desempenho da economia em janeiro, informado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br), o Ministério da Economia reduziu a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A perspectiva do avanço da atividade econômica caiu de 2,1% para 1,5%. Contudo, a previsão para 2023 continuou a mesma, de 2,5%.
Além da redução do crescimento do PIB, o governo aumentou a projeção para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022, que passou de 4,7% para 6,55%.
O documento do Ministério da Economia diz que a expectativa é que a inflação volte, a partir de 2023, para a meta definida, que é de 3,25% ao ano.
As informações foram divulgadas pelo Boletim Macrofiscal, nesta quinta-feira (17), pelo Ministério da Economia.
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A atualização da meta e projeção foi realizada uma depois do Comitê de Política Monetária (Copom) ter elevado o juro básico da economia (Selic) de 10,75% para 11,75% ao ano. A medida foi tomada para reduzir a atividade econômica para segurar a alta inflação dos últimos meses.
Mesmo com a redução na expectativa de crescimento, ele ainda está acima da perspectiva do mercado financeiro, que projeta uma alta de apenas 0,49% no PIB. Para justificar a redução, o governo aponta que ainda estão presentes na economia os fatores que sustentam a previsão de crescimento em 2022, que são a retomada da geração de empregos e o aumento dos investimentos privados.
“Entre fatores positivos para impulsionar o crescimento em 2022, elencam-se a taxa de poupança elevada, a recuperação do setor de serviços, a contínua melhora do mercado de trabalho e o robusto investimento, tanto privado como em parceria com o setor público”, diz o documento.
O governo espera um alto volume de investimentos do setor privado ao longo do ano. O boletim aponta para investimentos de R$ 78 bilhões, "o que equivale a um crescimento de 2,3% do investimento, com impacto de 0,45% no PIB", diz o boletim.
Na avaliação do secretário de Política Econômica Pedro Calhman a perspectiva é positiva.
"A projeção do PIB foi revisada para baixo, em grande parte devido a fatores técnicos, estatísticos ligados aos números do PIB no ano passado. A guerra da Ucrânia também teve impacto. Mas olhando para frente, os fundamentos que vêm sustentando nossa previsão de crescimento do PIB em 2022 continuam presentes: são a recuperação do emprego e o aumento do investimento", disse.
*com informações da Agência Brasil
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