Ministro do Turismo, Celso Sabino, teceu elogios em defesa da PEC que propõe transferir propriedades de praias para proprietários privados
O ministro do Turismo do governo Lula, Celso Sabino, teceu elogios à polêmica PEC 3/2022, que propõe transferir a propriedade de terrenos do litoral brasileiro da Marinha para estados, municípios e, em alguns casos, para proprietários privados.
A proposta, aprovada na Câmara dos Deputados em fevereiro de 2022, encontra forte resistência de ambientalistas e especialistas, que alertam para os riscos de privatização das praias, danos à biodiversidade e aumento da vulnerabilidade às mudanças climáticas.
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A fala do ministro ocorreu durante entrevista, nesta quarta-feira (19), ao programa Bom Dia, Ministro, exibido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
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Sabino afirmou que apesar de ser polêmica, a PEC apresenta pontos positivos, a exemplo de promover uma maior arrecadação para o Poder Público, o que segundo o ministro, pode gerar emprego e renda e a possibilidade da União realizar investimentos.
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Os terrenos de Marinha são definidos como áreas localizadas até 33 metros da linha de maré alta. A PEC foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados e está agora em debate no Senado.
Sabino comentou a polêmica em torno do projeto, especialmente devido ao envolvimento público de figuras como o jogador Neymar e a atriz Luana Piovani, além de um apelido dado por uma grande emissora que sugeria a privatização das praias. Segundo o ministro, tais apelidos podem distorcer a percepção pública do projeto, que ele acredita ter muitos pontos positivos.
Ele também avaliou que, devido à complexidade e às várias interpretações do projeto, sua aprovação é improvável. Sabino rejeitou a ideia de privatização das praias, destacando a necessidade de um debate técnico e aprofundado sobre o assunto.
O ministro esclareceu que as áreas de Marinha são de propriedade federal, mas muitas pessoas e empresas têm posse legal desses terrenos, pagando um tributo anual conhecido como foro pelo uso dessas propriedades.
Sabino destacou que o projeto permitiria que moradores de longa data adquirirem a propriedade plena de suas residências, aumentando significativamente a arrecadação do governo. Ele também apontou os benefícios dos investimentos privados nessas áreas, que poderiam gerar empregos e movimentar a economia, citando exemplos de grandes empreendimentos em países como Grécia, Estados Unidos e Turquia.
Por fim, Sabino defendeu um debate sobre a PEC das Praias que fosse livre de ideologias partidárias, respeitando os direitos adquiridos e garantindo a propriedade aos brasileiros dessas áreas.
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