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Operadoras de saúde registram lucro recorde no primeiro trimestre de 2024

Nos últimos tempos, as operadoras enfrentaram críticas por cancelarem unilateralmente contratos e interromperem vendas de determinados planos

Este resultado é o melhor para um primeiro trimestre desde 2019
Este resultado é o melhor para um primeiro trimestre desde 2019 - JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 12/06/2024, às 22h39

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As operadoras de planos de saúde alcançaram um lucro líquido de R$ 3,33 bilhões nos primeiros três meses de 2024, marcando um impressionante crescimento de 343% em comparação ao mesmo período do ano passado. Esses dados foram revelados nesta quarta-feira (12) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) através do Painel Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar.

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Este resultado é o melhor para um primeiro trimestre desde 2019, antes da pandemia de Covid-19, quando o setor registrou um lucro de R$ 4,1 bilhões.

O diretor de normas e habilitação das operadoras da ANS, Jorge Aquino, comentou sobre os resultados: "Esses números indicam uma recuperação econômico-financeira do setor. Embora não na velocidade desejada pelas operadoras, há um claro caminho de retomada dos saldos positivos". No entanto, ele destacou a necessidade de que essa recuperação se reflita na qualidade e garantia dos serviços oferecidos aos beneficiários.

Nos últimos tempos, as operadoras enfrentaram críticas por cancelarem unilateralmente contratos e interromperem vendas de determinados planos. Em resposta, um acordo verbal foi estabelecido entre o presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP-AL), e as operadoras.

As empresas se comprometeram a suspender temporariamente os cancelamentos de novos contratos coletivos e revisar os já suspensos, especialmente os de pacientes em tratamentos contínuos, como autistas, pessoas com doenças raras e pacientes oncológicos. Em troca, estão sendo discutidas novas regras para o setor, incluindo a criação de um plano que cobre apenas consultas e exames e novas diretrizes para terapias voltadas ao autismo.

Outra proposta do setor é a criação de uma lei que permita o compartilhamento de risco com as farmacêuticas para medicamentos extremamente caros, que podem custar milhões de reais e estão incluídos no rol da ANS.

A ANS destacou que todos os segmentos das operadoras apresentaram desempenho financeiro positivo. As operadoras exclusivamente odontológicas registraram um lucro de R$ 187,9 milhões, as médico-hospitalares R$ 3,07 bilhões e as administradoras de benefícios R$ 66,4 milhões.

O índice de sinistralidade, que mede a relação entre as receitas das mensalidades e as despesas assistenciais, foi de 82,5% no primeiro trimestre de 2024, uma redução de 4,7 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2023. Esse declínio reflete um maior crescimento das mensalidades em relação às despesas por beneficiário, indicando uma reorganização dos contratos no setor.

No início de junho, a ANS anunciou um reajuste anual máximo de 6,91% para planos de saúde individuais e familiares, válido de maio de 2024 a abril de 2025. Esse ajuste, contudo, não se aplica aos planos coletivos, que representam a maior parte do mercado, impactando 8,7 milhões de usuários, ou 17,2% dos 51,1 milhões de consumidores de planos de saúde no Brasil.

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