Orçamento de 2024 já destinou cerca de R$ 1,5 bilhão para esse propósito. Líder do sindicato de servidores expressou insatisfação, chamando a proposta de "afronta"
Durante a reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), na terça-feira (29), foram apresentados os planos do governo federal para o possível reajuste dos servidores públicos no próximo ano. O Orçamento de 2024 já destinou cerca de R$ 1,5 bilhão para esse propósito, o que representaria uma correção salarial de 1%, conforme o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate).
O secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, José Lopez Feijóo, destacou que o governo está trabalhando para ampliar os recursos disponíveis. Ele mencionou a possibilidade de um aumento de arrecadação no segundo semestre, o que poderia abrir mais espaço para um reajuste mais substancial em 2024.
Feijóo ressaltou a importância de um processo contínuo de reconstrução do Estado e expressou o compromisso do governo em fornecer uma proposta mais concreta aos servidores no futuro.
No entanto, a proposta de reajuste de 1% foi duramente criticada por representantes sindicais e líderes das entidades dos servidores. Rudinei Marques, presidente do Fonacate, expressou sua insatisfação, chamando a proposta de "afronta" aos servidores que acumulam perdas salariais significativas ao longo dos anos.
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O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) também manifestou descontentamento com a sinalização de um aumento de apenas 1%. Para eles, isso é insuficiente para compensar a falta de reajuste desde 2017 e não atende às expectativas dos auditores fiscais federais agropecuários.
A retomada da Mesa Nacional de Negociação Permanente neste ano trouxe à tona discussões e acordos cruciais para os servidores. Já foram acordados aumentos no salário e no auxílio-alimentação em 2023. No entanto, a questão do reajuste de 2024 permanece uma fonte de tensão e negociações desafiadoras entre o governo e as entidades sindicais.
A MNNP, que teve seu início em 2003 e reinstalada em 2023, tem um histórico de diálogo e acordos que beneficiaram uma grande parcela dos servidores públicos federais ao longo dos anos.
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