Movimento composto por 11 entidades, incluindo o Sebrae, foi lançado para defender a manutenção do parcelamento sem juros. Veja detalhes
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci Jr, ressaltou em entrevista à CNN a preocupação do setor com o possível impacto no parcelamento sem juros diante do fim do rotativo do cartão de crédito. Solmucci alerta que os bancos não devem transferir a perda de receita, resultante da diminuição dos juros para inadimplentes, para as tarifas cobradas nas transações parceladas sem juros.
Segundo o presidente da Abrasel, a falta de clareza sobre os custos para pequenos e médios comerciantes torna a eliminação do parcelamento sem juros, prejudicial para todo o comércio. Ele defende que os bancos absorvam o prejuízo, evitando, repasses para os pequenos e médios empresários, que, segundo ele, não teriam acesso a linhas de crédito competitivas para oferecer parcelamentos em itens mais caros.
Solmucci argumenta a favor da concorrência entre os bancos, propondo que eles não sejam compensados com tarifas e destaca a importância de evitar tarifas ocultas que garantam lucros aos bancos em detrimento dos consumidores.
O presidente da Abrasel destaca a discrepância entre grandes varejistas que podem obter linhas de crédito próprias e os pequenos comerciantes, que, ao venderem produtos parcelados, enfrentam desafios para acessar crédito disponível, recorrendo muitas vezes a grandes fornecedores ou bancos.
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A preocupação com o fim do parcelamento sem juros não é exclusiva do setor de bares e restaurantes. O presidente do Sebrae, Décio Lima, também alertou sobre os impactos negativos que essa medida poderia ter no consumo das famílias e na sustentabilidade das micro e pequenas empresas, que representam 94% das empresas brasileiras e geram 55% dos empregos formais.
Um movimento composto por 11 entidades, incluindo o Sebrae, foi lançado para defender a manutenção do parcelamento sem juros. O contexto das elevadas taxas de juros do rotativo do cartão de crédito, que chegaram a 450% ao ano, levou bancos a defenderem a limitação ou extinção da modalidade para conter a inadimplência.
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