Por que a letra H existe se não tem som? Entenda sua função

A letra H é uma das maiores curiosidades da língua portuguesa. Apesar de estar presente em muitas palavras, ela não possui som próprio quando aparece no início das palavras ou entre vogais. Mas por que, então, insistimos em usar uma letra que não pronunciamos? A resposta envolve história, etimologia e evolução linguística.

📜 Origem do H: do latim à ortografia moderna

No latim, o H era uma letra com valor fonético leve, indicando um sopro ou aspiração. Com o tempo, esse som foi sendo abandonado nas línguas românicas, como o português e o espanhol. Mesmo assim, muitas palavras herdadas do latim mantiveram o H como parte de sua grafia, por motivos históricos e etimológicos. Em outras palavras: a grafia permaneceu mesmo quando o som desapareceu.

🧩 Palavras com H que não têm som

Palavras como homem, hoje, hora, hospital, entre tantas outras, têm o H no início, mas a pronúncia começa diretamente na vogal seguinte. O H não interfere na fala, mas é mantido para preservar a origem da palavra. Em concursos públicos e provas de português, essa característica costuma aparecer em questões de ortografia ou formação de palavras.

🛠️ As funções do H na língua portuguesa

Mesmo mudo, o H tem funções importantes na escrita:

- Histórica/etimológica: preserva a origem das palavras (ex: homem do latim hominem);
- Diferenciação semântica: distingue palavras homônimas (ex: há e a, hora e ora);-

Combinação com outras letras: em dígrafos como ch, lh e nh, o H participa da formação de novos sons essenciais na fonética do português.

📚 Como isso aparece em concursos?

O uso da letra H costuma ser abordado em provas que cobram ortografia oficial, gramática normativa e etimologia. Além disso, questões de interpretação de texto podem exigir o conhecimento do valor histórico do H em determinadas palavras.

O H vem do latim e tinha som leve, que foi desaparecendo ao longo dos séculos. Em português, ele é mantido por razões etimológicas e gráficas, mesmo sendo mudo e atua em distinções semânticas e na formação de dígrafos importantes. É tema frequente em concursos que cobram ortografia e história da língua.