A ilha asiática domina a fabricação de semicondutores, essenciais para carros, celulares, armas e satélites; qualquer crise ali afeta a economia global
Os semicondutores, ou chips, são o coração da tecnologia moderna. Presentes em praticamente todos os dispositivos eletrônicos, eles movem desde smartphones até sistemas de defesa. O curioso é que a produção global depende fortemente de uma pequena ilha: Taiwan. Essa concentração tem implicações econômicas e geopolíticas graves, que também afetam o Brasil.
A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) é responsável por mais de 50% da produção mundial de chips avançados. Seu domínio é tão expressivo que empresas como Apple, NVIDIA e Qualcomm dependem da ilha asiática para funcionar. A especialização tecnológica e a dificuldade de replicar essas fábricas tornam Taiwan um ponto sensível na cadeia global.
A China considera Taiwan uma província rebelde e não descarta o uso da força para reintegrá-la. Um conflito na região pode paralisar a produção de chips e gerar um apagão tecnológico global. Países como EUA, Japão e União Europeia monitoram a situação de perto e buscam reduzir a dependência estratégica.
A falta de chips afeta diretamente a produção de veículos, eletrodomésticos e sistemas militares. Durante a pandemia, montadoras brasileiras chegaram a suspender operações por falta de semicondutores. O agronegócio, cada vez mais digitalizado, também depende desses componentes para máquinas e sensores.
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Apesar de não produzir chips em larga escala, o Brasil conta com centros como o CEITEC e iniciativas de pesquisa em microeletrônica. Há incentivos públicos e parcerias internacionais sendo discutidas, mas a indústria ainda enfrenta desafios como alto custo e baixa escala.
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