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Produtos para cabelo causam cegueira temporária e Anvisa emite alerta

Confira recomendações da Anvisa para uso seguro de produtos de cabelo que podem causar cegueira temporária entre outros efeitos negativos

Pessoa pinta cabelo
Pessoa pinta cabelo - Divulgação
Mylena Lira

Mylena Lira

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 15/12/2022, às 19h31

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Após registro de cegueira temporária entre outros efeitos negativos supostamente causados por produtos para cabelo, a Anvisa emitiu alerta com recomendações para o uso seguro de produtos para trançar e modelar cabelos, entre outros cosméticos.

A agência informa que, além da perda temporária da visão, foram relatados casos de ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, inchaço ocular e dor de cabeça. Segundo diagnóstico médico, em um dos casos, o paciente apresentou lesão grave nos olhos. Há ainda relatos de demora na recuperação da visão de consumidores com prazos de até 15 dias.

"Uma vez que esses produtos, após aplicado, podem permanecer por horas ou dias nos cabelos, faz-se necessário um cuidado especial com os olhos, buscando sua proteção, quando os cabelos entrarem em contato com água", ressaltou a Anvisa em nota.

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Cegueira temporária: recomendações

Os produtos para trançar/modelar os cabelos regularmente entram em contato com o couro cabeludo, mas também podem entrar em contato com outras áreas do corpo. Segundo relatório da Anvisa, tanto adultos quanto crianças foram acometidos pelos efeitos indesejáveis nos olhos.

Em certos casos, o uso do produto estava relacionado com banhos de piscina e mar. Essa combinação pode ter favorecido o contato do produto com os olhos, cujos efeitos podem ter sido potencializados com a água de piscina e do mar, dada a presença de substâncias químicas comprovadamente irritantes aos olhos nesses ambientes.

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Para evitar novos casos, a Anvisa forneceu algumas recomendações iniciais para a proteção da saúde dos consumidores e de profissionais que manejam produtos cosméticos:

  • Adquirir e usar apenas produtos regularizados na Anvisa;
  • Consultar com o vendedor/distribuidor/fabricante/importador informações específicas sobre medidas preventivas recomendadas para o uso de seus produtos, especialmente se as embalagens não contarem com instruções de uso que os informem a respeito ou se fornecerem pouca informação;
  • Atentar para a lavagem das mãos, sempre que fizer uso do produto. Este importante cuidado pode reduzir riscos de problemas de saúde grave, com aplicação involuntária do produto em outras partes do corpo, a exemplo, dos olhos.
  • Em casos de contato do produto com os olhos, proceder imediatamente a lavagem com água em abundância. Esta ação pode minimizar a toxicidade local do produto;
  • Buscar opções de produtos cosméticos naturais. São, cada vez mais, os fabricantes de produtos cosméticos conscientes da importância da saúde dos consumidores que desenvolvem produtos com formulações totalmente naturais ou com o menor número possível de componentes químicos potencialmente perigosos;
  • Respeitar sempre as instruções do fabricante/importador quanto às condições de uso dos produtos, atentando-se, especialmente, para as advertências de uso contidas na embalagem e/ou no rótulo;
  • Usar o produto somente durante a data de validade indicada na embalagem/rótulo pelo fabricante/importador;
  • Não fazer uso de produto que apresentar mudanças, por exemplo, na sua coloração, odor e consistência/textura.

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