Em entrevista, o secretário especial do Ministério da Economia, Esteves Colnago, afirma que reajuste dos servidores pode ter custo de R$ 12 bi. Veja
Jean Albuquerque | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 18/04/2022, às 17h03
Caso seja oficializado o reajuste dos servidores em 5% neste ano, a União terá um custo de R$ 12,6 bilhões em 2023, segundo o secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago. Neste caso, a reserva de R$ 11,7 bilhões que está prevista no Projeto de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para o ano que vem, enviado ao Congresso Nacional, terá que ser aumentada.
A estimativa do impacto em 2022 com o aumento de todos os servidores será de R$ 6,3 bilhões para o segundo semestre. Em entrevista ao Estadão Conteúdo, o secretário afirmou que, para conseguir honrar com o compromisso do reajuste dos servidores seria necessário “fortalecer um pouco a reserva, colocar mais R$ 900 milhões para chegar ao valor equivalente no próximo ano. Tudo o que se der neste ano, tem que ter em dobro ano que vem".
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O secretário Colnago ainda ressalta que o reajuste de 5% está para ser decidido, assim como outras propostas, mas falta uma decisão sobre o aumento. Até o momento não há uma decisão clara comunicada.
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Segundo a publicação do Estadão, fontes que participaram de uma reunião entre ministros e o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmaram que o martelo já teria sido batido em favor do reajuste linear, na semana passada.
No entanto, diante do cenário de reclamações de algumas categorias que estão insatisfeitas com o reajuste de 5%, o secretário destaca que demandaria um esforço ainda maior. "Nós não estamos em superávit primário, País ainda tem fragilidade fiscal", disse. Além de ressaltar que o aumento ainda não foi decidido.
Após servidores terem deflagrado greve pressionando o governo federal a conceder reajuste para o funcionalismo público. No último dia 13 de abril, o presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu conceder o reajuste dos servidores em 5%.
O custo da medida é de aproximadamente R$ 6 bilhões em 2022, o que pode fazer com que possa haver cortes em outras áreas. A decisão veio em meio a promessas de reajustes depois de meses e a pressão do Palácio do Planalto na equipe econômica nos últimos dias para tentar uma definição ainda nesta semana.
Em meio a greve do funcionalismo, o governo resolveu conceder o aumento de 5% a todos os servidores federais e não apenas para algumas carreiras, como a dos policiais, que já vinha sendo anunciada a contemplação do reajuste desde janeiro deste ano.
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