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Resgatado em vinícola no RS relata tratamento diferente dado a baianos: “eles apanhavam bastante”

Os gaúchos que trabalhavam no alojamento das vinícolas no RS relataram que os baianos eram tratados de forma diferente. Um inquérito foi aberto para investigar o caso e identificar os suspeitos

Os trabalhadores resgatados nas vinícolas no RS foram levados para um ginásio em Caxias do Sul
Os trabalhadores resgatados nas vinícolas no RS foram levados para um ginásio em Caxias do Sul - Divulgação/JC Concursos
Pedro Miranda

Pedro Miranda

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 02/03/2023, às 21h16 - Atualizado às 21h36

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Na última semana, um grupo de trabalhadores foi resgatado em alojamentos de vinícolas de Bento Gonçalves (RS) em condições análogas à escravidão. Segundo relatos, os trabalhadores eram submetidos a agressões físicas e morais, além de terem acesso à alimentação estragada e condições precárias de higiene e habitação.

O resgate foi realizado após um dos trabalhadores, que havia postado um vídeo nas redes sociais denunciando as condições do uniforme que recebia diariamente para a colheita de uva, ser agredido por seguranças do alojamento.

Os trabalhadores agredidos conseguiram fugir e comunicar a situação à Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Caxias do Sul, que realizou o resgate.

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Resgatado diz que gaúchos presos em vinícolas no RS não apanhavam

Os trabalhadores, que eram em sua maioria baianos, relataram que sofriam agressões físicas e morais, que tinham acesso à alimentação estragada e condições precárias de higiene e habitação. Além disso, os gaúchos que trabalhavam na mesma pousada relataram que os baianos eram tratados de forma diferente, sofrendo mais violência.

"Eles apanhavam bastante. Qualquer coisa que estivesse errada, apanhava. Nós do Sul não apanhávamos”, diz uma das pessoas resgatadas em situação análoga a escravidão nas vinícolas no Rio Grande do Sul à reportagem do UOL Tab.

O dono da pousada, que não teve o nome divulgado, era acusado de conceder vales apenas para os baianos na forma de empréstimos superfaturados, e não concedia vales para os gaúchos na mesma condição. A carga horária dos trabalhadores era acima do combinado, e a comida entregue para o grupo era deixada ao relento, sem refrigeração, o que acabava estragando.

Os trabalhadores resgatados foram levados para um ginásio em Caxias do Sul e receberam assistência médica e psicológica. A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso e identificar os responsáveis pelas agressões e pelas condições de trabalho precárias.

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