Bolsonaro e a equipe econômica dele têm feito promessas que nunca chegaram a ser concretizadas. Reajuste era previsto para todos os servidores públicos
Pedro Miranda* | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 07/06/2022, às 17h45
Os servidores públicos estão há meses aguardando uma resposta concreta sobre o reajuste de 5% este ano para a categoria. Desde então, o chefe do executivo e a equipe econômica dele têm feito promessas que nunca chegaram, de fato, a ser concretizadas. Em uma entrevista exibida nesta terça-feira (7), Jair Bolsonaro afastou a possibilidade dos servidores receberem o reajuste que era planejado a partir do mês de julho.
Bolsonaro disse que “pelo que tudo indica, não será possível dar nenhum reajuste para os servidores no corrente ano”. Ele comentou que a proposta está prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LOA) e “que para o ano que vem teremos reajustes e reestruturações", afirmou o atual presidente do Brasil. A LOA é um plano criado pelo governo para determinar quanto e onde a União gastará fundos públicos federais em um ano.
O texto é elaborado pelo Executivo com base na arrecadação total de impostos e precisa de aprovação do Congresso para se tornar lei. Segundo Bolsonaro, o reajuste foi descartado devido a uma "conta extra" de 9 bilhões de reais que entrou no orçamento da União. Os números citados pelo presidente referem-se aos esforços do governo federal para evitar o descumprimento dos tetos de gastos.
"Qual o problema nosso? Nós temos um orçamento bastante pequeno. Se alguém achar dinheiro sobrando, eu dou reajuste agora, de quanto a pessoa achar que tem que dar", acrescentou o presidente Bolsonaro.
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No final de abril, Bolsonaro disse que queria uma revisão de 5% de todos os servidores públicos. A afirmação foi feita em conversa informal antes da entrevista da Rádio Metropolitana de Cuiabá (MT) que foi ao ar na rede social do presidente. Na época, o presidente disse que a medida custaria 6,3 bilhões de reais aos cofres públicos em 2022, e o realinhamento entraria em vigor a partir de julho.
"Qual é a sugestão aqui? Daria 5% para todo mundo e o topo de vocês chegaria no topo do agente da PF. É o que está sendo discutido agora", disse o então presidente. Bolsonaro foi "entrevistado" por um policial rodoviário federal que, junto com a Polícia Federal (PF), pleiteava uma reestruturação de carreira além do aumento de 5%.
Antes da proposta, porém, a ideia do presidente era promover apenas policiais federais, policiais rodoviários e agentes penitenciários, na esperança de coibir o movimento grevista e usar sua popularidade nessas categorias para concorrer às eleições deste ano. Esses servidores fazem parte da base mais leal do presidente.
Estagiário sob supervisão do jornalista Jean Albuquerque
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