Terceira candidata que recebeu mais votos no primeiro turno das eleições 2022 para presidente, a senadora Simone Tebet apoia Lula (PT) na corrida presidencial
Terceira candidata que recebeu mais votos no primeiro turno das eleições 2022 para presidente, a senadora SimoneTebet apoia Lula (PT) na corrida presidencial. A declaração foi feita na tarde desta quarta-feira, 5 de outubro, em um hotel de São Paulo.
Ela recebeu quase 5 milhões de votos, que representaram 4,16% dos votos válidos, no último domingo. Além dela, Ciro Gome (PDT) anunciou na tarde desta terça-feira (4) seu apoio à campanha do ex-presidente Lula (PT) rumo ao Palácio do Planalto.
A senadora fez questão de ressaltar que não escolhe por adesão ao partido, que a deixou livre para ser neutra, mas "por um Brasil inclusivo, generoso, sem fome e sem miséria, com educação e saúde de qualidade, com desenvolvimento sustentável. Um Brasil com reformas estruturantes, que respeite a livre inciativa, o agronegócio e o meio ambiente, com comida mais barata, emprego e renda".
Segundo Tebet, alguns amigos pediram que ela se mantivesse neutra no segundo turno, sem escolher qualquer dos lados. Porém, afirmou que não poderia se omitir, pois isso seria trair a sua própria trajetória de vida pública.
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"Depositarei nele o meu voto porque reconheço nele o seu compromisso com a democracia e com a Constituição, o que desconheço no atual presidente", ressaltou Tebet (MDB) em referência ao Bolsonaro.
"Até 30 de outubro, eu estarei na rua, vigilante. Meu grito será pela defesa da democracia e da justiça social. Minhas preces, por uma campanha de paz", afirmou.
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O apoio foi selado em almoço realizado hoje na casa da ex-prefeita Marta Suplicy (sem partido), com a presença do candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT), além de Lula. Mais cedo, ela já havia se encontrado com o candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), a quem entregou seu plano de governo.
Durante o encontro, Tebet pediu que a campanha de Lula incorpore cinco propostas suas ao plano de governo do petista. São elas:
“Meu apoio é por projetos que defendo e ideias que espero ver acolhidas. Dentre tantas que julgo importante, destaco cinco tendo sempre a responsabilidade fiscal, uma âncora fiscal, como meio de se alcançar o social”, afirmou.
"Votarei com minha razão de democrata e com minha consciência de brasileira. Minha consciência me diz que, neste momento tão grave da nossa história, omitir-me seria trair minha trajetória de vida pública", frisou. "Ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, meu apoio não será por adesão. Meu apoio é por um Brasil que sonho ser de todos", declarou.
Em seu pronunciamento, reforçou que o Brasil "foi abandonado na fogueira do ódio e desavenças". "A negação atrasou a vacina. A arma ocupou o lugar do livro. A iniquidade fez curvar a esperança. A mentira feriu a verdade. O ouvido conciliador deu lugar à voz esbravejada. O conceito de humanidade foi substituído pelo de desamor. O Brasil voltou ao mapa da fome. O orçamento, antes público, necessário para servir ao povo, tornou-se secreto e privado", lamentou.
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