Presidente Lula anunciou nesta quinta-feira (23) que está considerando vetar proposta de taxação federal de remessas do exterior no valor de até US$ 50
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou hoje que está considerando vetar a proposta de taxação federal sobre remessas do exterior no valor de até US$ 50. Essa medida foi incluída no projeto que cria o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que estava previsto para votação na Câmara dos Deputados na quarta-feira, mas acabou sendo adiada.
Lula afirmou que a tendência é vetar, mas também está aberto ao diálogo com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para discutir o assunto. Ele observou que a maioria dos compradores desses produtos são mulheres e jovens, e questionou se esses itens realmente competem com os produtos nacionais.
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Atualmente, o programa Remessa Conforme isenta de impostos federais as compras do exterior abaixo de US$ 50, aplicando apenas o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 17%, que é arrecadado pelos estados.
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O imposto de importação federal de 60% só é aplicado em remessas acima de US$ 50. Grandes empresas como Amazon, Shein e Shopee já aderiram ao programa, conforme listado na página da Receita Federal.
O deputado Átila Lira, relator do projeto do Programa Mover, justificou a inclusão da taxação como uma medida para proteger a indústria nacional e equilibrar a concorrência com produtos importados. Essa preocupação também é compartilhada por entidades do varejo.
Lula enfatizou a importância de um tratamento justo na cobrança de impostos. Ele destacou que pessoas em viagem ao exterior têm isenção para compras de até US$ 500 no Free Shop e mais US$ 1.000 sem pagar imposto.
O presidente questionou como seria justo proibir pessoas mais pobres, como jovens e mulheres, de comprarem pequenas coisas, enquanto a classe média desfruta de isenções.
Em conversa com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o presidente ainda destacou a universalidade das compras internacionais entre suas próprias famílias e a de outros políticos. “Precisamos encontrar uma solução que não prejudique uns em detrimento de outros e estamos dispostos a dialogar para achar um meio-termo”, acrescenta.
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