Os governantes têm imposto regras desumanas aos aposentados.
Somados os servidores públicos do Sistema Próprio de Previdência e os trabalhadores regidos pelo RGPS, estima-se ter o Brasil cerca de 27 milhões de aposentados e pensionistas - número expressivo para levar à meditação os governantes e as classes políticas. Porém, com a alegação de defenderem os cofres da previdência, os governantes têm imposto regras desumanas aos aposentados.
Insurgindo-se contra essa preocupante situação, o advogado e economista Carlos Fernando Priess esclarece que, ao longo dos últimos onze anos, desde, portanto, que Fernando Henrique chegou à Presidência da República, os valores do salário mínimo têm sido corrigidos em percentuais acima da reposição aplicada aos pensionistas e aposentados da Previdência Social que percebam acima do piso básico. A situação é a seguinte: o INSS tem 25 milhões de aposentados e pensionistas. Deste total – vejam só – 75% ganham salário mínimo.
Conseqüentemente, 25% ganham mais do que este valor. E tudo continua no mesmo. Aqueles que contribuíam com cinco, dez salários mínimos, daqui a pouco, estarão ganhando apenas o mínimo.
Financiamentos
Carlos Fernando Priess, em seu artigo, afirma que os cofres públicos têm dinheiro até para financiar obras no exterior, como na Argentina, Chile, Equador, Paraguai, Bolívia, Peru, Venezuela, Namíbia, Angola, Moçambique e outros países que tiveram obras públicas financiadas pelo Brasil. Além do BNDES, o Banco do Brasil também opera mecanismo parecido, através, do PROEX (para financiamento de exportações), com semelhança idêntica a do BNDES. A triangulação implica diversas impropriedades: trata-se de empréstimos disfarçados a países estrangeiros.
Observa Carlos Piess: “O dinheiro público brasileiro está sendo usado para financiar obras no estrangeiro, sem nenhum processo concorrencial que permita a participação de outras empresas brasileiras eventualmente interessadas e, até emprestar para o FMI, já aconteceu. Isto prova que o país cresceu, o que é importante, mas para o aposentado, tolhido em seus direitos, só se fala em déficit da previdência.”
Fontes: carlos@priess.com.br e Diário do Servidor.
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