A autoestima é pré-requisito para conquistar os seus objetivos. Para um concurseiro passar no concurso dos seus sonhos, ele precisa estar bem consigo mesmo. Entenda como melhorar a tua autoestima
“Assumir nossa história e amar a nós mesmos nesse processo é a coisa mais corajosa que podemos fazer.” – Brené Brown
Responda com sinceridade: você aceita os próprios erros? Acredita que pode melhorar, evoluir? Como se sente quando propõe algo aos outros: fica tranquilo ou entra em pânico com a possiblidade de rejeição? E como está sua capacidade de manter a concentração e o foco? Você é do tipo que tem procrastinado na realização de tarefas que antes fazia “com os pés nas costas”? Sente-se pessimista em relação ao amanhã? Está frustrado quanto a suas decisões? Anda com medo da própria sombra, cheio de receio ao executar qualquer atividade, mesmo as mais simples?
Então, meu amigo, minha amiga, a depender de suas respostas, pode ser que você esteja com a autoestima baixa. Mas não se preocupe, pois esse problema, felizmente, tem solução.
O que você acha: nós já nascemos com um dado padrão de autoestima, que se mantém ao longo dos anos, ou passamos por altos e baixos em termos de amor-próprio? Intuitivamente, todos compreendemos que autoestima está relacionada a uma autoimagem positiva. Trata-se de estarmos satisfeitos com quem somos. É termos consciência do nosso exato valor e sabermos da nossa importância para as pessoas que amamos ou admiramos.
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O professor Morris Rosenberg (1922-1992), doutor em Sociologia, resumiu o conceito: “[autoestima] é um conjunto de sentimentos e pensamentos do indivíduo sobre seu próprio valor, competência e adequação, que se reflete em uma atitude positiva ou negativa com relação a si mesmo”. Em outras palavras, estamos falando da avaliação subjetiva que as pessoas fazem de si. E essa autoanálise, que tem implicações diretas em nosso dia a dia, é passível de ser desenvolvida.
O filósofo Alfred Adler ensinava: “O importante não é aquilo com que nascemos, mas o uso que fazemos desse equipamento”.
O amor-próprio, diria o padre Fábio de Melo, é “o primeiro amor que experimentamos”. Antecede o amor pelo outro, sendo o equilíbrio entre o que ofereço para mim mesmo e o que ofereço para o outro. O amor-próprio gera autocuidado, que, por sua vez, nos faz tirar a venda dos olhos, abrindo nossa percepção para o que precisamos melhorar em nós mesmos.
A autoestima descortina nossos defeitos e nos impulsiona a lidar com eles, é o incentivo em direção ao sucesso ou ao fracasso como seres humanos. Para a psicologia, tem tudo a ver com autorrespeito, e este fundamenta-se em dois princípios, que podem ser assim resumidos:
A autoestima, embora surja da autopercepção, sofre, sim, enorme impacto pelo olhar do outro. Só alguém muito perturbado não leva em conta a opinião de terceiros, que vem para agregar, para ajudar a esclarecer, demonstrar, elucidar nossas qualidades, nossos defeitos, nossas disfunções. Construímos o amor por nós mesmos aprendendo a amar o outro, ouvindo esse outro.
Quando alguém se dispõe a expressar o que vê em nós, é bom ouvir atentamente. Ora, se na infância aprendemos com nossos tutores sobre o que é certo e o que é errado, o que é permitido e o que é proibido, não há de ser diferente na adolescência e na fase adulta. Surgem apenas novas fontes de sabedoria. Continuamos sendo moldados pelos outros: nossos pais, parceiros, parentes, amigos e colegas. Damos ouvidos ao que têm a dizer, pois somos seres sociais.
Lá no fundo, qualquer um de nós quer ser querido e valorizado. Sabemos que o sentimento de pertencimento aumenta na proporção em que somos aceitos pelos que estão ao nosso redor. Nossa autoestima é fortalecida, e ganhamos em segurança e coragem para perseguir nossos desejos, nossos objetivos, nossos sonhos.
O contrário é igualmente válido: não ser bem-aceito num certo grupo abala profundamente nossa autoconfiança. Tanto é assim que a baixa autoestima está relacionada à depressão e a comportamentos de risco. A boa notícia é que isso pode ser trabalhado. O amor-próprio pode ser desenvolvido, a despeito de eventuais experiências ruins nesse campo.
Nas próximas linhas, pretendo oferecer alguns conselhos sobre como melhorar a autoestima. Antes, porém, acho interessante mencionar a escala de Rosenberg sobre o tema. As 10 frases – 5 afirmativas e 5 negativas – a seguir propõem-se a determinar o quanto a pessoa se valoriza (pouco ou muito). Cada declaração positiva recebe pontuação que vai de 0 (discordo totalmente) a 3 (concordo totalmente), ao passo que as negativas são pontuadas no sentido inverso: 3 (discordo totalmente) a 0 (concordo totalmente). Sugiro que você faça a sua avaliação antes de prosseguir a leitura:
Escore menor que 15 indica autoestima baixa, sinalizando ser esse um aspecto a ser trabalhado pela pessoa. Entre 15 e 25 pontos, a autoestima é considerada saudável, equilibrada. Pontuação maior que 25 revela alguém forte e com amor-próprio sólido. A pontuação ideal varia de 15 a 25 pontos.
Agora, sim, algumas dicas para você melhorar e impulsionar seu amor-próprio, tornando-o mais estável em sua vida:
E lembre-se: para se tornar um hábito, a autoestima precisa ser reforçada todos os dias. Comece hoje mesmo a nutrir esse cuidado consigo e com os outros. Você logo perceberá que a vida é muito mais bonita, simples e interessante do que parecia.
Vamos, em frente, juntos. Combinado?
“Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.” – Oscar Wilde (1854-1900), escritor irlandês
*texto escrito por Gabriel Granjeiro, Diretor-Presidente do Gran Cursos
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