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Preferência por concursos em tempos de crise econômica

Estabilidade e remunerações mais altas são apenas alguns dos aspectos que fazem milhares de profissionais abandonarem a iniciativa privada para buscar uma chance na carreira pública

Fernando Cezar Alves
Publicado em 12/03/2015, às 16h14

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De acordo com dados da Pnad Contínua, pesquisa sobre o mercado de trabalho em âmbito nacional divulgada pelo IBGE na última quinta-feira (12), a taxa média de desemprego no país no trimestre fechado em janeiro ficou em 6,8%, o que supera o patamar de 6,5% do trimestre encerrado em dezembro. O estudo indica um retrocesso no caminho do pleno emprego, uma vez que, no período de maio a junho de 2013, a tendência era de estabilidade ou diminuição da taxa de desemprego. O novo índice também é maior que a taxa de 6,4% apontada em janeiro de 2014.

Em épocas de crise política e econômica e queda da taxa de empregabilidade da população, é comum o aumento na procura de colocações profissionais na carreira pública. “A crise econômica tem afetado praticamente todos os setores da economia nacional e o momento delicado tem reflexo direto e diário no bolso dos brasileiros. Diante deste cenário, a busca pela carreira pública só tem aumentado”, aponta o diretor da Central de Concursos, Jaime Kwei. Ele ressalta que, todos os anos, milhares de pessoas almejam ingressar na carreira pública, índice que costuma aumentar em tempos de crise, principalmente por conta da estabilidade proporcionada pelos cargos, além das boas remunerações e dos inúmeros benefícios.

Um dos principais atrativos, aponta Kwei, é o fato de os servidores contarem com as garantias da Lei 8.112, o chamado Estatuto dos Servidores Públicos ou Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos. O artigo 41 da Constituição Federal garante que esses servidores, nomeados para cargos de provimento efetivo, passem a ser estáveis após três anos de exercício. “Fora as condutas que ensejam a demissão como punição, o servidor estável somente poderá perder o cargo em três hipóteses: em virtude de sentença judicial transitada em julgado, por processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa e mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa”, explica. “Logo, o serviço público é a melhor opção de estabilidade financeira e profissional”, diz.

Além disso, outro atrativo bastante considerado para ingresso no funcionalismo diz respeito aos salários, principalmente quando comparados com os da iniciativa privada. “Existem diversos concursos com remuneração acima de R$ 5.000 e que exigem apenas ensino médio, enquanto cargos com exigência de nível superior pagam valores iniciais de até R$ 16.000. É difícil encontrar situações parecidas quando falamos de iniciativa privada”, diz Kwei.

Preparação


Para conquistar uma vaga no funcionalismo público, porém, é necessário muita dedicação e esforço. Para isto, Kwei recomenda que os interessados que nunca tenham prestado concurso público procurem um curso preparatório, com bom material didático. “O concurso deve ser visto como um investimento, pois a aprovação depende somente do próprio candidato. É um processo seletivo objetivo, sem qualquer discriminação de sexo, cor ou idade”, diz.

Para quem almeja iniciar os estudos, mas ainda não está muito familiarizado com as oportunidades, Kwei ressalta que, mesmo em meio à crise pela qual o país atravessa, 2015 promete ser um ano bom para os interessados em ingressar no funcionalismo. Ele enfatiza alguns concursos importantes, mas já em andamento, como o de escrevente do Tribunal de Justiça de São Paulo e o de analista e técnico judiciário do TRT de Campinas. No caso de quem já está iniciando os estudos, destaca, como boas oportunidades, o concurso do Banco do Brasil em diversos Estados, com inicial de R$ 3.280 para escriturário; concursos da carreira policial, como o de perito criminal, com R$ 8.510; o concurso do INSS, com R$ 4.620 para técnico; e Receita Federal, com R$ 9.629 para analista e R$ 16.116 para auditor.   

“A preparação para qualquer concurso demanda tempo, dedicação e, acima de tudo, disciplina. É preciso se programar, definir metas e estabelecer quais são as ferramentas adequadas para o seu estudo, quais as estratégias a serem adotadas”, diz Kwei. “A escolha de uma boa escola também é importante. Seguindo esses passos, a aprovação é certa e, com certeza, a busca por estabilidade e boa remuneração será alcançada”, conclui.

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+ Resumo do Concurso Governo

Governo
Vagas: Não definido
Taxa de inscrição: Não definido
Cargos: Vários cargos
Áreas de Atuação: Não definido
Escolaridade: Não definido
Faixa de salário:
Organizadora: O próprio órgão
Estados com Vagas: AC, AL, AP, AM, BA, CE, DF, ES, GO‍, MA, MT, MS, MG, PA, PB, PR, PE, PI, RJ, RN, RS, RO, RR, SC, SP, SE, TO

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