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Entrevista com o candidato Mancha, do partido PSTU

Luiz Carlos Prates, o Mancha, do PSTU fala sobre sua campanha, plataforma de governo e defende o emprego público e a reestatização de empresas que foram privatizadas.

Redação
Publicado em 17/09/2010, às 15h23

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Conhecido como Mancha, o candidato Luiz Carlos Prates tem 54 anos, é sindicalista e metalúrgico. Começou sua militância nos anos 70 em lutas estudantis contra a ditadura. Foi presidente do sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e atualmente ocupa a posição de secretário-geral da entidade.

Jornal dos Concursos e Empregos -Qual a sua principal plataforma de governo?


Mancha -
Um governo voltado para os trabalhadores, a juventude e a população pobre. Um governo que atenda as demandas básicas da maioria da população como escola pública de qualidade, saúde, transporte e lazer, onde a população governe através de Conselhos Populares e decida sobre as prioridades e o orçamento do Estado.

Para isso é necessário romper com os grandes empresários, que gozaram de toda sorte de benesses dos governos tucanos em nosso Estado – como a doação de R$ 4 bilhões, equivalente à venda do banco Nossa Caixa, às montadoras de automóveis.

[É necessário] acabar com os favores, empréstimos e isenções fiscais concedidos às grandes empresas e recuperar/reestatizar as empresas e serviços públicos que foram privatizados.

Desta maneira sobrarão os recursos necessários para atender as reivindicações e necessidades da maioria dos paulistas.

JC&E -A atual gestão abriu diversos processos seletivos temporários, especialmente na área da Educação. Qual a sua posição sobre isso?

Mancha - Falo como trabalhador e dirigente sindical; defendo o emprego, o salário e os direitos sociais dos trabalhadores – incluindo aí os funcionários públicos.

Esta política de contratações temporárias em áreas prioritárias, como educação e saúde, é uma demonstração inequívoca do caráter anti-social dos governos do PSDB; é parte de uma política de privatização dos serviços públicos no Estado, enquanto retira direitos sociais dos trabalhadores.

Só são possíveis serviços públicos de qualidade acessíveis a toda a população rompendo com as parcerias público-privadas e terceirizações e com a valorização dos funcionários públicos, atendendo suas principais demandas e assegurando a todos estabilidade no emprego.


O PSTU defende concursos públicos para ingresso no funcionalismo, piso salarial do DIEESE para a jornada padrão de trabalho, bem como a estabilidade de todos os temporários.


JC&E - Ainda na esfera da educação, o atual governo instaurou o Programa + Qualidade, que visa medir a capacitação dos docentes e qualificá-los em curso de formação. Qual é a sua opinião sobre o Programa? Que plano o seu governo tem para melhorar a rede pública de ensino?


Mancha -
O governo do PSDB tenta culpar os professores pela crise da escola pública em nosso Estado através de uma campanha suja pela grande imprensa e de programas demagógicos como este – que será todo feito por internet com apenas três encontros presenciais - sequer é para inglês ver.

A crise da escola pública é produto das péssimas condições de trabalho e salariais dos professores, do abandono das escolas, das salas de aula superlotadas, da aprovação automática e das parcerias público-privadas na educação que enchem o bolso de grandes empresas.

Defendemos mais verbas para a educação, verbas públicas somente para escolas públicas, o fim das parcerias público-privadas, o fim da aprovação automática, a redução do número de alunos por sala, o piso salarial do DIEESE para os professores para uma jornada semanal de 20 horas-aula com 50% de hora-atividade como reivindica a categoria.


JC&E -E em relação à área da segurança, quais serão as suas prioridades? Haverá aumento no efetivo policial?

Mancha - É necessário modificar a política de segurança pública no Estado; que hoje é voltada para a defesa da propriedade – segurança patrimonial – e repressão contra a população, principalmente das periferias pobres das cidades.

Defendemos a desmilitarização das Polícias – com total liberdade de associação sindical, expressão e manifestação, e direito de greve inclusive para seus membros - e que sejam controladas pela população que deveriam servir através de Conselhos Populares.

A segurança pública seja realmente pública, voltada para a defesa dos cidadãos e não da propriedade.


JC&E -De acordo com estudo realizado pelo Ministério da Educação, o mercado para estudantes egressos de cursos técnicos está aquecido - 72% dos alunos de nível médio que estudaram em escolas técnicas federais entre 2003 e 2007 estão empregados, por exemplo. Embora o índice de empregabilidade seja alto, faltam técnicos no mercado. Quais planos sua gestão reserva para alavancar o número de profissionais com essa formação?

Mancha - Defendemos a ampliação do ensino técnico – integrado ao ensino médio para os alunos em idade escolar e pós-médio para aqueles que já concluíram a educação básica - e que todas as escolas de educação básica sejam vinculadas a Secretaria da Educação.

O que os governos tucanos têm feito com relação ao ensino técnico é um crime - a expansão das escolas técnicas através do Centro Paula Souza é parte da privatização do ensino.

A educação deve ser pública e de qualidade para todos; com as escolas centralizadas na pasta da educação, evitando assim a ingerência do capital privado no ensino.

As escolas de educação básica deverão ser em tempo integral, unindo formação geral e profissional; garantindo a cada estudante uma bolsa permanência para que possa permanecer na escola e se sustentar.


JC&E -Quanto à saúde pública, o senhor tem planos específicos para aumentar o número de profissionais – e, consequentemente, melhorar o atendimento à população?

Mancha - É necessário acabar com as terceirizações e parcerias público-privadas na saúde; enquanto as empresas lucram fortunas a população não consegue ser atendida na rede pública.

Defendemos uma política de saúde preventiva, com o aumento do número de profissionais no setor e a contratação por concursos.


JC&E - Considerações finais

Mancha - 16 anos de PSDB em São Paulo não dá mais; mas o PT não é a alternativa que o povo precisa. O que os tucanos fazem contra os paulistanos – parcerias e privatizações, desmonte da educação – é a mesma coisa que o governo Lula faz em Brasília.

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+ Resumo Empregos Eleições 2010

Eleições 2010
Vagas: Não definido
Taxa de inscrição: Não definido
Cargos: Não definido
Áreas de Atuação: Não definido
Escolaridade: Não definido
Faixa de salário:
Organizadora: O próprio órgão

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