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Maia sugere incluir Judiciário e MP na Reforma Administrativa

Maia argumenta que a Reforma Administrativa precisa ser ampla e debatida entre os poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, para melhorar a eficiência do serviço público

Maia sugere incluir Judiciário e MP na Reforma Administrativa
Najara Araujo/Câmara dos Deputados

Redação
Publicado em 09/10/2020, às 14h06

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Na última quinta-feira (08), ao receber a proposta da Reforma Administrativa da Frente Parlamentar, que irá discutir o assunto, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sugeriu incluir os servidores do poder Judiciário e do Ministério Público na reforma.

“A reforma administrativa tem de ser ampla e impactar os três Poderes. Existem muitas dúvidas jurídicas de tratar de outro poder sem ser por iniciativa própria. Não será bom se não trouxermos o Supremo e o Ministério Público a esse debate. A reforma do Poder Judiciário de 2005 criou uma estrutura nos três Poderes com salários iniciais muito altos, onde as carreiras perderam a importância”, declarou Maia.

Os poderes Executivo e Legislativo já apresentaram projetos de reforma administrativa.

O presidente da Câmara ainda destacou que a reforma administrativa tem urgência, mas não tem pressa. Ele espera que esteja pronta até o segundo semestre de 2021. “Trabalhamos junto com o Executivo e a equipe econômica. Precisamos da união de esforços para esse processo urgente, sem açodamento, sem pressa. Nosso desafio é que o sistema público de saúde, de educação e de segurança atenda aos brasileiros da mesma forma, que todos tenham acesso ao serviço público de qualidade”, afirmou.

Maia agradeceu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, pelo “esforço enorme” em agendas muito difíceis. Presente no evento, o ministro elogiou o trabalho de Rodrigo Maia pelas reformas de transformação do Estado brasileiro. “Agradecemos sempre a este Congresso reformista pelo apoio às reformas do governo Bolsonaro”, apontou.

“O presidente Rodrigo Maia tem apoiado essas reformas, como a da Previdência, e trabalhamos juntos no combate à pandemia. A democracia brasileira deu uma prova de vigor, porque respondemos com muita efetividade à doença que invadiu nossos lares. Estamos construindo nossas defesas com essas crises, voltando ao leito das reformas”, disse Guedes.

Posição contrária

Contrário à reforma administrativa, o presidente da Frente Parlamentar do Servidor Público, deputado Professor Israel Batista (PV-DF), elogiou a posição do presidente da Câmara de manter contratos, excluindo os servidores antigos da reforma. No entanto, ele criticou a sugestão de Rodrigo Maia de manter dois modelos de serviço público.

“O presidente Rodrigo Maia fez uma fala, ao meu ver, temerária. O regime jurídico único foi uma conquista da democracia brasileira. Imagine ter no mesmo órgão servidores estáveis e não estáveis. Se mantivermos vínculos diferentes, vamos gerar disputas muito ruins dentro das categorias”, comentou.

Para o parlamentar, a reforma administrativa tem um caráter "gerencialista". “A reforma tenta aplicar ao Estado os princípios do mercado privado. No setor público, não existe concorrência, existe cooperação. Não se pauta pela lógica do setor privado”, argumentou.

Mesmo contrário à reforma administrativa “por princípio e em todos os aspectos”, Professor Israel Batista concorda com duas propostas apresentadas na agenda legislativa: a regulamentação do teto remuneratório constitucional e o órgão central para gestão de pessoal. “O teto tem que valer para todos os poderes”, defendeu. “Isso é uma convergência que temos.”

Agenda legislativa

Apresentada pelo coordenador da Frente Parlamentar da Reforma Administrativa, deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), a agenda legislativa sobre o tema tem quatro pontos:

redução de distorções entre determinadas carreiras do funcionalismo, por meio da PEC 32/20 e emendas e projeto dos supersalários;

  • modernização da gestão de pessoas e concursos, com a criação de um órgão central de gestão de pessoas no governo, para blindar interesses privados e corporativismo;
  • segurança jurídica para dar maior suporte à tomada de decisões por servidores públicos;
  • modernização da gestão por resultados de governos brasileiros.

"Precisamos modernizar a estrutura organizacional", disse Tiago Mitraud, que também citou a necessidade de regulamentar a gestão por resultados nos governos. "Temos proposições neste sentido que vão vir num segundo momento de propostas da nossa agenda."

*trechos com reprodução da Agência Câmara de Notícias

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