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Por que é tão difícil estudar Legislação para concursos?

Confira 3 dicas que farão você mudar a sua forma de estudar a lei

Publieditorial
Publicado em 29/04/2019, às 13h16

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Seja em concursos de nível médio ou de nível superior, o estudo da “lei seca” (lei sem comentários de autor ou professor) tem sido um grande obstáculo na vida daqueles que se preparam para provas de concursos públicos. É comum começar a ler a lei e quando está na leitura do artigo 10, tem que voltar ao 1º pois já esqueceu tudo o que foi lido. Ou então o aluno terminou a leitura de um artigo e sente como se precisasse apertar a tecla SAP e traduzir tudo o que está escrito, pois parece que está escrito em latim e não em português.

A falta de familiaridade com o tema, o vocabulário “estranho” e a falta de contextualização de determinadas leis dificultam o processo de aprendizado. Ao frequentar um curso preparatório para concursos públicos, o aluno conta com a ajuda do professor que cita exemplos, “traduz” palavras e explica o porquê da criação de determinada lei, mas e na hora do “vamos ver”? Aquele momento em que o aluno vai rever a matéria em casa ou estudar sozinho?

Seguem algumas dicas básicas que vão ajudar nesse desafio.

1. SE SITUA MEU BEM
Antes de iniciar a leitura de qualquer lei, contextualize, saiba os motivos que determinaram a criação daquela lei. Por exemplo, não dá para estudar a lei nº 11.343/06, “Lei de Tóxicos”, sem antes entender que ela foi criada para revolucionar a forma que o poder público encara o problema das drogas, que antes era um problema exclusivamente de segurança pública e passou a ser encarado como um problema de saúde pública.

Sem esse entendimento, fica muito mais difícil de compreender as diferenças entre as sanções aplicadas pelo artigo 28 e artigo 33 desta lei, que é extremamente cobrada nos concursos da Polícia Civil, e nos concursos internos da Polícia Militar para ingresso na Escola Superior de Sargento.

Outro exemplo é a lei estadual 10.261/68, cobrada nos concursos para soldado da PM-SP, para ingresso na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, cobrada também para todos os cargos da Polícia Civil e para escrevente técnico do TJSP.

É uma lei de 1968. Veja bem, estou falando de MIL NOVECENTOS E SESSENTA E OITO, antes da nossa Constituição Federal de 1988. Se o aluno iniciar a leitura dessa lei, sem observar esse detalhe, encontrará diversas dificuldades de interpretação, normas que eventualmente entrem em conflito com a CF 88, vocabulário arcaico. No entanto, se o aluno já sabe que é uma lei antiga, escrita em outro momento histórico, ele já inicia a leitura com um dicionário aberto, ou uma “aba” do Google para auxiliar na busca pelo significado de palavras e termos como “A prática da Usura”, por exemplo, que encontra-se no artigo 243 VIII da lei.

2. CALMA BROTHER, RELAXA!
É melhor ler apenas 5 artigos por dia entendendo cada um deles, do que ler a lei inteira e não entender nada. Pare de preguiça, raciocine e interprete cada artigo, busque exemplos, tente relacionar a norma lida com alguma situação do cotidiano, grife as palavras que não sabe o significado e pesquise-as. Não faça leitura dinâmica.

O examinador da banca VUNESP quando cobra artigo de lei em questões, muda uma palavrinha, às vezes no final da alternativa, troca o termo “vedado” por “permitido”, ou troca “facultado” por “obrigatório”, e aí uma palavrinha que muda todo o significado da alternativa faz você perder uma questão e cair várias posições na classificação final. Estudar Legislação é muito mais sobre a qualidade do que a quantidade de leitura.

3. PRATIQUE
Resolva questões. Sempre. Se tiver pouco tempo disponível por dia, para destinar ao estudo da lei, e tiver que escolher entre a leitura “da lei seca” e a resolução de questões, eu diria para se dedicar à resolução de questões.

Claro que o ideal é aliar a leitura da lei com a resolução de questões, mas tem dias que são mais corridos, ou não estamos com a cabeça boa para ler e nossa capacidade de concentração está reduzida. Enfim, resolva questões. Só assim você se familiariza com a forma que o tema é abordado em prova e, mesmo que erre todas as questões, ao ver a alternativa correta no gabarito, o aluno acaba lendo uma parte da lei.

A resolução de questões é uma forma mais dinâmica, interativa e desafiadora do que a simples leitura, desafia você a buscar se superar e principalmente induz a ler e entender o porquê de ter errado.

Se o aluno resolver 10 questões por dia, ao final do mês serão 300 questões. São 300 “lidas” que o aluno acaba dando nos artigos mais cobrados em provas anteriores, de uma forma menos cansativa do que a “leitura corrida”.

Espero que tenham gostado das dicas. Bons estudos!

Por Isabela Dornelas, professora de Direito Administrativo e Criminologia na Central de Concursos, escola com 29 anos de experiência em preparação para concursos públicos

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