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O preço da mudança

Penso que toda mudança é para melhor, mesmo que a concebamos como dor ou experiência negativa. Ainda assim ela poderá, mais adiante, ensinar-nos coisas preciosíssimas

Edison Andrades
Publicado em 30/04/2014, às 09h48

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Dizem que a mudança é uma das poucas coisas que nunca mudarão. Ainda mais nos dias de hoje, marcados por uma globalização constantemente mutável.

No mercado de trabalho, as mudanças, por vezes, são mais acentuadas, causando desconforto e resistência naqueles que ainda não entenderam o novo mundo chamado “Mercado de Trabalho” ou ainda não se adaptaram a ele.

Todos buscam, de forma consciente ou não, melhores resultados em suas carreiras e remunerações. Mas, para que isso ocorra, será preciso, sobretudo, superar as mudanças e adaptar-se a elas. Charles Darwin dizia: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”. Quando reflito sobre a extinção dos dinossauros e a proliferação das baratas, consigo entender claramente esse ponto de vista. Não sou adepto de todas as ideias de Darwin, mas, nesse aspecto, devo concordar com ele.

O mercado de trabalho também funciona assim. Bons currículos, performances “magníficas” e títulos internacionais até transformam determinados profissionais em ícones no mundo corporativo, mas não garantem empregabilidade. Conheço casos de “fantásticos” profissionais que não sobreviveram ao dia a dia empresarial. Existem ótimos técnicos que não conseguem ser subordinados; bons gerentes que não conseguem servir sua equipe; bons empreendedores que não conseguem entender os sinais da economia mundial e bons empresários que não enxergam a mudança no hábito de consumo de seus clientes. Portanto não adianta ser somente bom, é necessário ter algo a mais, aquilo que chamo de adaptabilidade.

Não confunda flexibilidade com subserviência. Estão em grupos diferentes. Ser subserviente é estar sempre pronto a servir, ainda que isso possa causar grande mal a si mesmo. Está na categoria dos bajuladores e servis. Não significa que os subservientes não sejam flexíveis, até são, mas em condição de servos. E não é isso que atrai o mercado. Ser flexível é conseguir manter sua vontade e competência moldando-as ao ambiente que lhe é apresentado. Mudar com as mudanças faz parte dos hábitos dos vencedores. Saiba que toda vez que algo muda em sua vida significa que você deu um passo. Não posso afirmar que todo passo que damos é para frente, mas dar um passo, ainda que para trás ou para o lado, denota que estamos vivos. A presença da vida em nós é sinal de mudança.

A partir de hoje, busque, primeiramente, enxergar o que está mudando ao seu redor e, em seguida, descubra o que você precisaria fazer para acompanhar essa mudança.

Penso que toda mudança é para melhor, mesmo que a concebamos como dor ou experiência negativa. Ainda assim ela poderá, mais adiante, ensinar-nos coisas preciosíssimas.

Trabalhei, por cinco anos, no setor de vendas e serviços de uma organização. Devido a mudanças constantes, meu chefe não sabia onde me alocar, pois gostava de meus serviços, mas os setores em que eu trabalhava eram extintos por motivos estratégicos. Confesso que sentia insegurança, mas preferi adaptar-me a tudo aquilo e fazer bom proveito. Não era fácil recomeçar tarefas inúmeras vezes. Um dia, surgiu uma oportunidade na área de treinamento e desenvolvimento, que era meu sonho desde quando fui admitido. A direção da empresa dava preferência para alguém que conhecesse todas as áreas da organização, pois julgavam que esse conhecimento garantiria maior agilidade nos programas de capacitação. Fui escolhido! Mudar é mais do que uma questão de escolha. O que está em jogo é sobrevivência.

Ah! E nunca se esqueça de incluir Deus em todos os seus planos.

Prof. Edison Andrades é escritor, palestrante e sócio da Reciclare Treinamento. www.facebook.com/professor.edison.andrades

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