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Copa do Mundo vai gerar 3,5 milhões de vagas

A estimativa diz respeito apenas aos empregos que devem ser gerados pelo setor da construção civil.

Redação
Publicado em 08/09/2009, às 09h51

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Para afastar de vez o fantasma da crise mundial, que ainda ronda muitos países, o setor da construção civil já se prepara para transformar o Brasil em um grande canteiro de obras: é que a Copa do Mundo de 2014 já se aproxima e, para que tudo saia a contento, muito há o que se construir, adequar ou reformar.


Diversos leitores já devem estar se perguntando: serão gerados novos empregos? A resposta é SIM, e milhares deles, uma vez que as empresas do setor já começam a se recuperar do baque sofrido no último bimestre de 2008 - quando foram registradas 109.086 demissões - e garantem que o segmento passará por um significativo aumento de contratações, justamente para atender à grande demanda gerada pelo evento.


Empregos


Especialistas estimam que, a cada R$ 1 milhão em  investimentos na construção civil, são criados 58 empregos, sendo 33 empregos diretos e 25 indiretos. Assim, o evento seria responsável pela criação de, pelo menos, 3,5 milhões de vagas. O otimismo das empresas tem base no volume de investimentos prometidos para o setor, que varia de R$ 60 bilhões a R$ 100 bilhões.


Para o diretor do setor de construção civil da ABEMI - Associação Brasileira de Engenharia Industrial, Edenir Artur Veiga, apenas no ano que vem o segmento deve gerar cerca de 800 mil a 900 mil empregos. “O setor da construção civil como um todo (infraestrutura, hotéis, estádios etc.) é que originará o maior número de novos postos, motivados pela Copa de 2014, sendo que a concentração maior deverá estar do segundo semestre de 2011 até meados de 2014. Uma probabilidade seria: 10% em 2010, 20% em 2011, 30% em 2012 e 40% em 2013. Estimamos que 80% desses empregos estarão alocados nos grandes centros, entretanto, é prevista uma migração do país inteiro para o atendimento a essa demanda”, prevê o diretor da associação, que reúne algumas das principais empresas de engenharia de projeto, construção civil, montagem industrial e indústrias de bens de capital do país.


“Em princípio, as cidades-sede (Belo Horizonte/MG, Brasília/DF, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Fortaleza/CE, Manaus/AM, Natal/RN, Porto Alegre/RS, Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA e São Paulo/SP) e as de apoio serão as mais beneficiadas, porém, os municípios limítrofes e os turísticos tradicionais também não medirão esforços para melhorar sua infraestrutura e atrair o imenso contingente de turistas que assistirão aos jogos”, afirma Jaime Martins, diretor de Recursos Humanos para a América Latina da CH2M HILL, empresa líder global em engenharia, construção, gerenciamento, operações e meio ambiente para clientes governamentais e privados, nos setores de infraestrutura, industrial e de energia.


Cargos


Com relação às obras de infraestrutura, Martins acredita que a maioria dos cargos a serem criados estará voltada às profissões clássicas do setor, como encanador, pintor e pedreiro, por exemplo. “Porém, haverá muita necessidade de profissionais de gestão, planejamento e controle de projetos, profissionais estes que atualmente já são escassos no mercado. Por outro lado, para muitas das funções geradas para a Copa, a experiência prévia não será um requisito essencial, até porque há muito tempo não se realiza um evento esportivo desta magnitude. Portanto, há grande oportunidade de o setor oferecer o primeiro emprego para a população jovem”, afirma o diretor de RH.


Ainda segundo Martins, a princípio, cada empresa ou fornecedora da Copa fará a gestão de seu próprio processo seletivo. “Mas certamente muitos projetos serão tocados por consórcios de empresas, as quais tratarão de centralizar e gerar maior eficiência nos processos de seleção”, diz.


Remuneração


Quando se fala em remuneração, o diretor da ABEMI acredita que ela não deva sofrer muitas variações durante o período de contratações. “A expectativa é que a média salarial praticada em 2008 venha a ser mantida, com eventuais incrementos para novas funções requeridas e decorrentes da falta de mão-de-obra especializada”.


Já o diretor de RH da CH2M HILL garante que, devido à forte demanda por alguns profissionais, a média salarial no setor deverá  subir. “Como benefícios adicionais será comum a prática de bônus por conclusão de projetos, no tempo e custo estimado”, assegura Martins.


Contratações


No momento, está em andamento junto às 117 empresas associadas da ABEMI um rigoroso levantamento sobre as necessidades de contratações de cada um. Portanto, quem quiser garantir sua vaga de emprego nestes preparativos para a Copa de 2014 não deve perder o ânimo, já que, segundo o presidente da associação, será possível contar com informações mais consistentes sobre as contratações dentro de alguns meses. E, é claro, a reportagem do JC&E retomará o assunto, trazendo todos os detalhes sobre esses futuros processos seletivos.


Cristiane Navarro Vaz/SP

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Construção civil: mercado aquecido

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+ Resumo Empregos Copa do Mundo

Copa do Mundo
Vagas: Não definido
Taxa de inscrição: Não definido
Cargos: Não definido
Áreas de Atuação: Operacional
Escolaridade: Ensino Médio
Faixa de salário:
Organizadora: O próprio órgão

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