Na ânsia de querer acertar, profissionais “metem os pés pelas mãos” e alguns comportamentos não são bem quistos por outros integrantes da equipe e gestores
Douglas Terenciano | douglas@jcconcursos.com.br
Publicado em 18/05/2022, às 11h51 - Atualizado às 12h09
O desafio de superar os demais concorrentes durante uma entrevista de emprego fica cada vez mais acirrado. Quem está fora do mercado de trabalho por um longo período tende a sentir ainda mais esse peso, já que é comum afetar a autoestima e a confiança desses profissionais. Todos nós sabemos que para conseguir aquele emprego dos sonhos nem sempre é fácil, mas manter-se nele é mais difícil ainda e exige muitos esforços. Na ânsia de querer acertar, é comum ver trabalhadores exagerarem na dose.
Por isso, é válido destacar que há uma série de comportamentos que os profissionais fazem que não costumam ser bem quistos por outros integrantes da equipe e pelos gestores. A consultora organizacional, coach executiva e professora de MBAs de Gestão Estratégica de Pessoas e Liderança da FGV/SP, Caroline Marcon, destaca sete deles:
Segundo Caroline, o medo de não corresponder às expectativas faz com que muitos profissionais prometam mais do que podem entregar. Tal ato de “heroísmo” sempre cobra seu preço e ao cometer esses deslizes eles acabam por perder a credibilidade. “Assim, conhecer e gerenciar os medos e emoções é necessário para manter a calma e a reputação”, diz. Autodisciplina e integridade também são duas qualidades essenciais para o profissional que deseja ser visto como confiável pelos colegas e pela chefia. “Isto é importante, porque a confiança é a base da reputação profissional”, afirma.
Ninguém quer ficar próximo de um profissional pessimista, cujas falas são carregadas de críticas, mas contêm pouca positividade e nunca apresentam uma saída para o problema apontado. Conforme Caroline, esse tipo de profissional tem dentro de si um crítico interno feroz, que não raramente trava seu próprio desenvolvimento e o dos outros. “Para desativar o poder do crítico interno, o profissional precisa conhecê-lo, ouvir o que tem a dizer, para perceber que é apenas uma 'criança medrosa' que na maioria das vezes só quer chamar a atenção”, diz. Segundo a coach executiva, ao detectar isso, o profissional deve ser mais gentil consigo próprio e com os outros. “Pare de falar coisas negativas a todos e reconheça o que os outros têm de melhor”, aconselha.
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Profissionais extremamente temorosos, como vimos, às vezes se perdem pela ação, prometendo mais entregas do que podem cumprir. Mas, quem tem o medo como guia pode também pecar pela omissão, pela inação, pela passividade. Ao optar sempre pelo seguro, costuma perder a premiação que só o desafio acarreta. Dessa forma, segundo Caroline, profissionais devem sempre que possível reinventar-se. “Disrupção pede inovação; isso vale para os mercados e também o ser humano. Atualize-se para manter-se relevante”, afirma.
Segundo a consultora organizacional, quem aceita riscos para aprender e crescer inevitavelmente comete erros no trabalho. “Faz parte do jogo e quando isso acontecer o profissional não deve dar desculpas e se fazer de vítima. Isso só vai piorar a situação”, declara. Para Caroline, ante o erro, o profissional deve procurar demonstrar total compromisso em reparar a situação e pedir ajuda se necessário. ”Busque também aprender com a situação e encontre uma maneira visível de marcar alguns pontos e mostrar recuperação”, orienta.
“Quem está disposto a se desafiar e crescer já sabe que as críticas são parte inevitável da jornada”, diz Caroline. Logo, segundo a coach executiva, o profissional que almeja sobressair-se em relação aos demais precisa procurar sempre cercar-se de pontos de vista distintos sobre seu desempenho. O ponto principal, de acordo com a consultora organizacional, é saber diferenciar críticas úteis de comentários que só visam à desestabilização. “Procure encontrar um ponto de equilíbrio. Se ignorar todas as críticas, você deixará de ser conectar com as pessoas e pode deixar passar feedbacks importantes. Se absorver todas as críticas, você vai perder a liberdade de ser quem é e de fazer suas próprias escolhas”, afirma.
Nenhum profissional que faz distinção entre comandantes e comandados será respeitado a longo prazo pelos colegas. “Mas ganhar confiança, respeito e a colaboração dos pares é fundamental para criar um ambiente de trabalho saudável e dessa forma alcançar bons resultados”, argumenta Caroline. Assim a coach executiva aconselha a todos os profissionais estabelecer bons relacionamentos com colegas, em todos os níveis.
Um profissional anódino não gera impacto entre seus colegas e gestores e em razão disso passa a impressão de que não faz a mínima diferença ao ambiente. De acordo com a consultora organizacional, quem deseja se destacar e obter sucesso profissional necessita ser apaixonado pelo que faz e demonstrar isso em suas ações. “A paixão traz consigo criatividade e garra; é a energia positiva que permite a todos seguirem em frente nos dias bons e especialmente nos dias ruins”, diz.
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