A lista da ANS reúne procedimentos que os planos de saúde devem oferecer. Um dos medicamentos pode ser utilizado no tratamento de dois tipos de câncer de ovário
Novas tecnologias foram incluídas no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). São mais de 10 procedimentos e 20 medicamentos voltados para tratamento de câncer de ovário e fígado.
A lista reúne as técnicas às quais os beneficiários de planos de saúde têm direito. Esses procedimentos são considerados essenciais para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento da doença. As novas inclusões anunciadas são: Sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU-LNG), um dispositivo usado para o tratamento de sangramento uterino anormal.
Além disso, foi incluído o teste genético de mutação do gene BRCA, necessário para identificar as mulheres elegíveis ao tratamento oncológico com o medicamento olaparibe, e radioembolização hepática, que é um procedimento em radioterapia usado para o tratamento de carcinoma hepatocelular em estágio intermediário ou avançado.
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O olaparibe também é usado para tratar dois tipos de câncer em mulheres: terapia de manutenção em adultos com câncer de ovário seroso ou endometrióide, de alto grau, recidivado, sensível à quimioterapia baseada em platina, além de tratamento de manutenção de pacientes adultas com carcinoma de ovário, recentemente diagnosticado, de alto grau, avançado, que respondem à quimioterapia em primeira linha.
As propostas de atualização da lista foram recebidas em formato eletrônico, disponíveis no site da ANS, e discutidas em junho e agosto, segundo a ANS. Duas outras técnicas sugeridas foram analisadas, mas tiveram as recomendações para inclusão no rol negadas, que foram os implantes subcutâneos de etonogestrel para contracepção e radioembolização hepática para câncer colorretal metastático.
O câncer de ovário é silencioso, leva tempo para desenvolver sintomas e cresce consideravelmente antes de ser detectado. Como resultado, cerca de 75% dos casos são diagnosticados quando a doença já está avançada. As mulheres com câncer de ovário geralmente apresentam sintomas vagos e inespecíficos que são confundidos com desconfortos comuns, como indigestão, gases ou dor abdominal, comuns durante a menopausa.
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