Profissionais da saúde serão os primeiros a serem vacinados contra a varíola dos macacos. A entrega das doses está atrasada; confira
O Ministério da Saúde vai comprar doses da vacina contra a varíola dos macacos. No entanto, a compra ainda não foi finalizada porque não há suprimentos suficientes no mercado internacional. Apenas os profissionais de saúde receberão o imunizador, e não o público em geral.
A agência pretende concluir as negociações para a compra de 50 mil unidades da vacina até esta terça-feira (23) por meio do fundo rotatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). As doses vão atender 25 mil pessoas da área da saúde, pois a aplicação funciona em duas doses, de acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
As unidades do imunizante são produzidas pelo laboratório dinamarquês Bavarian Nordic. Após a aprovação do contrato com a OPAS, o governo deve enviar documentos à Anvisa para importar medicamentos ainda não registrados no Brasil. Na sexta-feira (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a importação especial de medicamentos e vacinas ainda não registrados no Brasil.
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O ministro disse que a vacinação será priorizada para os profissionais de saúde que tiveram contato direto com o vírus e não há expectativa de aplicação ao público geral. A entrega das doses está atrasada. A ideia original era que as imunizações fossem enviadas em dois lotes até o final de agosto. Queiroga disse ainda que a entrega deve ocorrer no início de setembro, em três fases.
“É necessário que haja um contrato a ser firmado pelo Ministério da Saúde com a Opas, para que tenhamos uma previsão de entrega dessas vacinas. A previsão era de que se entregasse no fim do mês de agosto. A Socorro [Gross, representante da Opas] me informou que seria no começo de setembro. Seriam duas remessas, são três agora. Há uma carência desse insumo a nível mundial”, explicou Queiroga.
Além das vacinas, o Ministério da Saúde solicitou à Opas a compra de 10 doses do antiviral tecovirimat para tratamentos imediatos, e mais 50 unidades para casos graves. O órgão também negocia o transporte de mais 12 unidades doadas pelo laboratório produtor, e a compra de mais 504 doses. De acordo com Queiroga, o Brasil não tem nenhum representante do laboratório que produz as vacinas, a mesma situação se repete com o antiviral.
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