Atriz teve diagnóstico para a doença autoimune após lapsos de memória. Esclerose múltipla afeta o sistema nervoso e tem tratamento através do SUS
Glícia Lopes* | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 21/06/2022, às 17h52
"Comecei a esquecer palavras bem básicas, como copo e cadeira. Tinha formigamentos frequentes nos pés e nas mãos, enxaquecas fortíssimas e variações de humor. O pior era um zumbido constante no ouvido. Parecia que havia ali um fio desencapado, provocando um curto-circuito na minha cabeça.” Esses são trechos do relato da atriz de 49 anos, Guta Stresser, sobre seu diagnóstico de Esclerose Múltipla (EM).
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A intérprete da personagem Bebel, da série A Grande Família, da TV Globo, conta que percebeu os sintomas iniciais da doença em 2020, enquanto participava do quadro Dança dos Famosos, do programa Domingão do Faustão. Ela se deu conta de que esquecia a coreografia logo após os ensaios e com o tempo o problema foi se agravando. Foi quando a artista procurou ajuda médica e recebeu a notícia que lhe fez “perder o chão”.
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Para a ciência, o diagnóstico da Esclerose Múltipla ainda enfrenta um contratempo. Isso porque ainda não se sabe a causa da doença crônica e autoimune que leva à degradação da bainha de mielina. A mielina, por sua vez, é uma substância presente no sistema nervoso humano e a EM se caracteriza quando o próprio sistema imunológico ataca essas células, gerando uma espécie de curto-circuito no organismo, que causa lesões no cérebro e na medula.
Devido a isso, é comum as pessoas afetadas pela Esclerose Múltipla apresentarem os seguintes sintomas:
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A Esclerose Múltipla pode atingir adultos de 18 a 55 anos, tendo maior incidência entre as mulheres. Além de Guta, as atrizes Cláudia Rodrigues e Ana Beatriz Nogueira também convivem com a doença. O diagnóstico da doença pode ser feito por um neurologista que deve ter a hipótese confirmada após a análise do histórico do paciente, da realização de exames físicos e de ressonância magnética, do crânio e da coluna.
Apesar dos efeitos adversos, o tratamento para a EM pode ser feito gratuitamente através do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de estratégias clínicas com utilização de medicamentos específicos e da adoção de técnicas de reabilitação.
*Estagiária sob supervisão da jornalista Mylena Lira
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