A nova nomenclatura da varíola dos macacos terá algarismos romanos. O nome monkeypox foi dado antes dos padrões serem estabelecidos
Após diversas agressões e mortes de macacos por conta da associação à varíola dos macacos em várias partes do mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que vai mudar o nome da doença. Em junho, a entidade informou que o Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV), que fiscaliza tais procedimentos, havia iniciado um processo para reconsiderar a nomenclatura, e que a mudança pretendia seguir a prática atual de nomenclatura de doenças.
Em um livreto de 2015, a OMS explicou que os nomes das doenças devem minimizar os impactos negativos nas viagens, turismo, comércio ou bem-estar animal e “evitar ofender qualquer cultura, grupos sociais, nacionais, regionais, profissionais ou étnicos”. Segundo a entidade, o nome monkeypox foi dado antes que esses padrões fossem estabelecidos.
Em nota, a entidade disse que “a atribuição de novos nomes a doenças existentes é responsabilidade da OMS de acordo com a Classificação Internacional de Doenças e a Família de Classificações Internacionais Relacionadas à Saúde da OMS (OMS-FIC). A OMS está realizando uma consulta aberta para um novo nome de doença para a varíola dos macacos”.
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Em relação a variantes do vírus, também conhecidas como clades, a OMS informou que um grupo de especialistas de todo o mundo concordou em nomeá-los com algarismos romanos. Antes disso, foram feitas referências citando a África Ocidental e a Bacia do Congo. Agora, o antigo clado da Bacia do Congo (África Central) será chamado de Clado I, e o da África Ocidental será chamado de Clado II. As sub-variantes serão representadas por um caractere alfanumérico minúsculo.
“Assim, a nova convenção de nomenclatura compreende Clado I, Clado IIa e Clado IIb, com o último referindo-se principalmente ao grupo de variantes que circulam amplamente no surto global de 2022. A nomeação das linhagens será proposta pelos cientistas à medida que o surto evoluir”, detalhou a entidade.
Em julho, a doença zoonótica viral foi declarada Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (PHEIC) pela Organização Mundial da Saúde, com mais de 34 mil casos em todo o mundo até o momento, segundo a plataforma "Our World in Data" vinculada à Universidade de Oxford.
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