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Síndrome da impostora: você sente que é uma? Confira 5 perfis

A síndrome da impostora é uma condição psicológica que prejudica seriamente a vida de, principalmente, mulheres. Saiba se você é uma impostora

Mulher preocupada em ambiente de trabalho formal
Mulher preocupada em ambiente de trabalho formal - Freepik

Glícia Lopes

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 23/08/2022, às 13h44

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Não por acaso esta síndrome carrega no nome o adjetivo “impostora” no gênero feminino. Isso se dá porque a Síndrome da Impostora afeta principalmente as mulheres e é caracterizada por pensamentos que rebaixam a autoestima, reforçam a falta de autoconfiança e trazem a sensação de que o sucesso alcançado não vale a pena ou não é merecido.

De acordo com o Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), na pesquisa "Acelerando o futuro das mulheres nos negócios", produzida pela KPMG, 56% das entrevistadas que ocupam cargos de liderança se preocupam com a hipótese de as pessoas ao seu redor não acreditarem que elas são capazes de fazer o que fazem. Além disso, de acordo com o estudo, 57% das mulheres pesquisadas disseram ter experimentado a síndrome da impostora ao assumir um novo papel de liderança ou subir na hierarquia.

Para 47% das mulheres do estudo, a síndrome da impostora ocorre porque elas nunca imaginaram atingir o nível de sucesso que atingiram. Ou seja, quanto maior o nível de sucesso dessas mulheres, maior é a insegurança e a crença de ser uma fraude, uma verdadeira impostora.

Não em vão, a síndrome da impostora afeta mais mulheres. Esta condição psicológica nada saudável está intimamente relacionada a diversos preconceitos, sobretudo o de gênero. Entre as mulheres, essa crença de ser uma fraude está relacionada à visão patriarcal sobre a figura feminina, que a condiciona a características inferiores aos homens, como: frágil, dependente, menos intelectual, sem importância, entre tantos outros aspectos. Isso faz com que a própria percepção das mulheres sobre si seja afetada por esse imaginário social, destruindo assim sua autoestima.

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Conheça 5 perfis da Síndrome da Impostora

Agora que você conhece como se sente uma pessoa com a síndrome da impostora, confira os 5 principais perfis de quem possui essa síndrome, de acordo com o Instituto de Psicologia da USP.

  1. A perfeccionista: para esse tipo de pessoa é inadmissível errar, tudo tem que estar 100% perfeito o tempo todo. Já vimos que não pode sair coisa boa disso, não mesmo? Já que não temos controle sobre tudo. Isso acaba gerando expectativas irreais e impossíveis, por isso, nada nunca está bom o suficiente. Isso impede com que se celebre conquistas, menosprezando o próprio esforço. Além disso, evitam dividir tarefas por acreditar que ninguém fará tão bem como a própria pessoa.
  2. A super-heroína: fissuradas no trabalho, acreditam que a dedicação a ele deve ser exclusiva. Estão sempre se esforçando para demonstrar o quão produtivas são e o quanto merecem estar na posição que ocupam. Vivem em busca de validação do trabalho executado, ficando sempre à mercê do reconhecimento alheio, não sabendo o fazer por si. Esse desejo está associado ao receio de descobrirem que não são boas o bastante.
  3. A gênia: parecidas com as perfeccionistas, as gênias também costumam acumular expectativas muito elevadas sobre o próprio trabalho. No caso deste perfil, elas medem a própria competência com base na rapidez com que aprendem ou conseguem acertar algo. Essa alta expectativa faz com que, no caso de errar, elas demorem a voltar a tentar, já que a vergonha e frustração geradas são tão grandes que as fazem não querer mais passar por aquilo, minando diversas possibilidades.
  4. A instrumentista: esse perfil de impostora vê no ato de pedir ajuda uma espécie de fraqueza e, por isso, costumam fazer tudo sozinhas. Elas acreditam que devem demonstrar sua capacidade e competência por si só e o envolvimento de outras pessoas na tarefa pode apontar que são mais fracas e incapazes, o que é totalmente errado.
  5. A especialista: vive em busca de se aprofundar sobre tudo ou determinados assuntos, com o receio de que não saiba suficientemente sobre algo e seja exposta. O conhecimento é medido com base “no que” e “no quanto” sabem sobre algo e, por medo de parecerem inexperientes ou menos inteligentes, vivem em busca incessante por informações e nada é suficiente.

Tendo em vista as informações apontadas sobre a síndrome da impostora, vale lembrar que, apesar de não ser classificada como doença, essa síndrome traz diversos prejuízos sociais e psíquicos, que podem desencadear doenças psicológicas como depressão, ansiedade e burnout. Por isso, no caso de identificação, é importante procurar ajuda psicológica com profissional.

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