TDAH afeta crianças e pode permanecer até a fase adulta. Saiba se você tem o transtorno e como tratá-lo
Glícia Lopes* | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 24/06/2022, às 14h32
Já se sentiu irritado por tentar estudar ou, até mesmo ver um filme, e se distrair com uma mosca que passa na sua frente? Aliás, você se distrai com facilidade? É possível que você sofra de TDAH, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. A dificuldade em manter a atenção é apenas um dos sintomas desse transtorno, que também é conhecido por DDA, Déficit de Atenção. Por isso, daqui em diante, vamos nos ater apenas às letras “D” e “A” do TDAH.
O TDAH é comumente associado a crianças e atinge uma parcela de cerca de 7% dessa população no Brasil, segundo informações do Instituto Paulista de Déficit de Atenção (IPDA). O problema é que os sintomas dessa desordem permanecem na fase adulta, em até 60% dos casos. Aproximadamente 2 milhões de pessoas adultas convivem com esse transtorno.
Muitas vezes banalizado, o déficit de atenção tem grande impacto na saúde mental das pessoas, já que interfere no comportamento, no desempenho profissional ou acadêmico e, inclusive, nas relações interpessoais. O TDAH pode, ainda, se manifestar de diversas formas e em variados graus de intensidade. Por isso, é importante o diagnóstico correto a fim de iniciar o tratamento e, por consequência, atenuar os problemas gerados.
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O TDAH é caracterizado por alterações cerebrais que impactam no funcionamento dos neurônios, especialmente no lobo pré-frontal. Essa parte do nosso cérebro é responsável pelo processamento das informações, por isso, na desordem gerada pelo TDAH, o cérebro fica mais lento, impedindo que se concentre com eficácia, afetando também a memória.
A ciência ainda não encontrou a causa exata dos diversos transtornos psíquicos, como é o caso do TDAH. Estudiosos identificaram na desordem componentes orgânicos de origem genética, correspondendo a um potencial de hereditariedade. De dez pais com essa condição, 5 poderão ter filhos com o mesmo problema.
Existe também a possibilidade de que a manifestação dos sintomas, bem como sua intensidade, estejam associados a fatores externos, como estilo de vida. Fatores congênitos (passados durante a gestação) também podem aumentar a chance da criança nascer com TDAH. Entre eles estão: uso de álcool, drogas em geral, fumo, exposição a substâncias tóxicas que podem afetar o cérebro do bebê. Além disso, hipertensão, pré-eclâmpsia e a falta de oxigenação cerebral do feto são fatores de risco.
Antes de tudo, é importante procurar um médico psiquiatra se você desconfia possuir ou que uma criança tenha o TDAH. A abordagem comumente usada por esses profissionais é a intervenção com medicamentos. Porém, essa não é a única alternativa. Especialistas realizam o tratamento em conjunto com outras abordagens terapêuticas, tornando-a integrativa e multidimensional, com a ajuda de outros profissionais, respeitando especificidades dos pacientes. Entre as opções a serem adotadas estão:
Infelizmente, esse problema se tornou muito comum ao redor do mundo. Para saber como lidar com esse transtorno diante de situações tão importantes da vida, como no exame de Residência Médica, confira a matéria do Blog Medcel sobre ansiedadeque, com certeza, vai te ajudar a lidar melhor com a situação.
*Estagiária sob supervisão da jornalista Mylena Lira
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