O coordenador de projeto do Instituto Getusp, Márcio Rogério Olivato Pozzer, fala sobre como se dá processo de transferência para a instituição pública de ensino superior.
A Universidade de São Paulo disponibiliza suas vagas ociosas para que estudantes de outras instituições de ensino possam se transferir. Desde 2000 a USP abre cerca de 950 vagas por ano nos mais diversos cursos: engenharia, arquitetura, medicina, biologia e direito são apenas alguns exemplos de cursos que abrem novas possibilidades anualmente.
O processo de transferência é dividido em 2 etapas. A primeira fase é realizada pela Fuvest. Mas em um modelo muito mais simplificado do que o famoso e concorrido vestibular. A primeira prova ocorre no mês de julho e é dividida em exatas, humanas e biológicas.
A prova com 80 testes cobra conhecimento em português e inglês para todas as áreas e cálculo e física para a área de exatas, bioquímica e genética para os cursos de biológicas e cultura contemporânea para os cursos de humanas.
A segunda fase é realizada pela faculdade pretendida pelo aluno. A Fuvest encaminha 3 candidatos por vaga e a prova cobra conhecimentos básicos do curso pretendido, geralmente matérias ministradas nos dois primeiros semestres de curso.
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Rodrigo Monteiro é Presidente do Instituto Getusp (que acompanha o processo há 9 anos) e apresenta mais um estimulo aos candidatos: “diferentemente do vestibular, a transferência USP é um processo pouco conhecido. Isso faz com que a relação candidato-vaga seja muito menor do que o processo convencional”.
Ele próprio foi beneficiado com este processo: “estudava Engenharia na Mauá e tentei a transferência em 2001 para a Politécnica da USP. Essa prova mudou minha vida. Não apenas por deixar de pagar a faculdade, mas principalmente por ter acesso a todas as possibilidades que a USP propicia a seus alunos. São muitas possibilidades de bolsa, intercâmbio, estágios nas principais empresas e muito mais”.
Entretanto, a menor concorrência não significa necessariamente maior facilidade para ingressar na USP, como alerta Nalva Rodrigues, que cursava pedagogia em uma faculdade particular e se transferiu para a USP: “passei todo o mês de julho estudando para conseguir passar para a 2ª fase. Tinham cerca de 5 candidatos por vaga e mesmo assim não foram preenchidas todas as vagas, pois os candidatos não atingiram a nota mínima”.
Rodrigo Monteiro alerta para esta especificidade do processo de transferência: “na transferência o candidato precisa se preocupar com o desempenho dele e não com o dos concorrentes. A USP quer saber se o aluno interessado tem condição de ingressar e acompanhar o curso. No caso da POLI sobraram vagas em todos os anos da transferência. Ou seja, se o candidato se preparar bem dificilmente não obterá sucesso”.
As vagas serão divulgadas no final de maio. As inscrições são online no site da Fuvest no mês de junho e a prova da 1ª fase ocorre no último domingo de julho. As segundas fases variam de curso para curso e acontecem entre os meses de setembro e outubro. Os aprovados ingressam na USP em 2011.
* Márcio Rogério Olivato Pozzer (coordenador de projeto do Instituto Getusp)
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