Alimentos puxam alta da inflação na primeira semana de março, informa FGV

O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da primeira quadrissemana de março, que mede a inflação da semana, registra alta acumulada de 8,73%

Victor Meira - victor@jcconcursos.com.br   Publicado em 08/03/2022, às 09h15

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A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da primeira quadrissemana de março subiu 0,47%. Com este resultado, o indicador tem uma alta acumulada de 8,73% nos últimos 12 meses, a menor dos últimos cinco meses. Os dados foram divulgados, nesta terça-feira (08), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre). 

Segundo o FGV-Ibre, seis das oitos classes de despesa apresentaram valorização em suas taxas. A maior contribuição para o resultado do IPC-S foi do grupo de Alimentação, em que a taxa passou de 1,20%, na quarta quadrissemana de fevereiro, para 1,65%. 

Nesta classe de despesa, vale destacar o comportamento das hortaliças e legumes, cujo preço variou 13,71%, ante 8,44% na edição anterior do IPC-S.

Além dos alimentos, os seguintes itens também apresentaram alta em suas taxas: Transportes (0,07% para 0,23%), Educação, Leitura e Recreação (-0,51% para -0,17%), Habitação (0,33% para 0,46%), Saúde e Cuidados Pessoais (-0,12% para -0,04%) e Vestuário (0,33% para 0,35%). 

Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: serviço de reparo em automóvel (-0,69% para 0,52%), passagem aérea (-4,09% para -1,91%), tarifa de eletricidade residencial (-0,73% para -0,33%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,50% para -0,12%) e relógios e bijuterias (-0,05% para 0,37%).

Em contrapartida, Comunicação (0,08% para 0,01%) e Despesas Diversas (0,08% para 0,07%) registraram recuo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale citar os itens: tarifa de telefone residencial (-0,41% para -0,98%) e alimentos para animais domésticos (0,71% para 0,52%).

O que é IPC-S?

De acordo com a FGV, o IPC-S mede quadrissemanalmente a variação do custo de vida para famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos mensais.

O indicador integra o sistema de índices de preços ao consumidor do FGV IBRE, que também inclui: IPC-3i, IPC-C1, IPC-DI, IPC-10 e IPC-M. Apesar de a coleta ser semanal, a apuração das taxas de variação leva em conta a média dos preços coletados nas quatro últimas semanas até a data de fechamento.

O intervalo entre o fim da coleta e sua divulgação é de um dia, sendo um dos mais curtos, inclusive para padrões internacionais.

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