Para o tratamento de sintomas pós-covid o governo federal liberou o montante em duas portarias que foram anunciadas pelo Ministério da Saúde
Jean Albuquerque | redacao@jcconcursos.com.br Publicado em 16/02/2022, às 18h44
Os pacientes têm procurado atendimento médico apresentando diferentes sintomas após o período de catorze dias de isolamento. Os mais comuns são dor de cabeça, perda do olfato e do paladar, mas há também o aparecimento de algumas sequelas como sonolência, fadiga e problemas cognitivos. Para o tratamento de sintomas pós-covid, o governo federal liberou R$ 423 milhões em duas portarias, o anúncio foi feito pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (16).
A primeira, prevê o repasse de R$ 160 milhões para centros municipais de atenção primária de saúde. Já a segunda, destina R$ 263 milhões, para credenciar 2.105 centros comunitários de referência para enfrentamento da covid 19, em quase 1.850 municípios.
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Os recursos serão destinados para as ações, como a organização dos serviços de saúde; a busca ativa e ao monitoramento de pessoas com sintomas pós-covid; a avaliação, o diagnóstico e o tratamento nos postos de saúde, quando possível, de acordo com informações do secretário de Atenção Primária, do Ministério da Saúde, Raphael Câmara.
Ainda segundo o secretário, pelo menos oito milhões de pessoas podem apresentar algum sintoma pós-covid, dos 27 milhões de casos registrados da infecção até novembro de 2021. Ao comentar sobre os sintomas, ele ressaltou depressão, cansaço e ansiedade como os mais comuns para quem já teve Covid. Câmara ainda afirmou que a população vem buscando atendimento nos postos de saúde nos primeiros sintomas e ressaltou a importância da atitude para evitar hospitalizações.
Um estudo realizado pela pela Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) revela transtornos psiquiátricos como um dos sintomas pós-covid. A pesquisa avaliou 425 adultos, depois de seis meses de alta hospitalar por causa da Covid-19.
Entre o público, todos foram pacientes internados no Hospital das Clínicas da USP por pelo menos 24 horas, entre março e setembro de 2020. Aqueles que precisaram de tratamento em unidade de terapia intensiva (UTI) foram considerados casos graves e os demais, moderados.
Segundo o estudo, a presença de transtorno mental comum neste grupo de pacientes foi 32,2% maior do que a população geral brasileira de 26,8%. Em relação ao quadro de depressão, houve uma prevalência de 8%, superior ao da população geral do país, em torno de 4% e 5%. Também foram registrados transtornos de ansiedade generalizada em 14,1% pacientes, o que representa um resultado superior a 9,9% da incidência na população brasileira.
* Com Agência Brasil
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