Indústria supera pré-pandemia e aponta recuperação em V na economia

Segundo Confederação Nacional da Indústria (CNI), empregos na indústria cresceram 1,9% em agosto e devem puxar recuperação em V para o setor.

JC Concursos   Publicado em 06/10/2020, às 15h38 - Atualizado às 15h50

Divulgação - EBC

Agosto foi o primeiro mês de crescimento do emprego industrial em 2020, com alta de 1,9%. Segundo a CNI, com esse desempenho, o nível de emprego já se encontra próximo ao patamar pré-crise. As horas trabalhadas aumentaram 2,9% entre julho e agosto e acumulam um crescimento de 25,1% em relação a abril. Nesse caso, ainda não retornou ao patamar pré-crise.

O faturamento real da indústria da transformação ultrapassou o patamar pré-pandemia do início do ano, e a atividade industrial se manteve em crescimento em agosto. As informações são da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada hoje (6) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Em agosto, a atividade da indústria de transformação manteve-se em crescimento, o emprego industrial voltou a crescer e a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) está praticamente de volta ao período anterior à crise. Veja os #IndicadoresIndustriais: https://t.co/AhlHSlLfoB pic.twitter.com/aaReZ1umxR

— CNI Brasil (@CNI_br) October 6, 2020

Segundo o levantamento, o faturamento aumentou 2,3% na comparação com julho e 37,8% em relação a abril, mês auge da crise no setor provocada pela pandemia de covid-19. Ainda assim, segundo a entidade, devido à forte queda de março e abril, no acumulado do ano, o valor se encontra 3,9% abaixo do registrado no mesmo período de 2019.

'Recuperação em V na economia'

De acordo com a pesquisa, acompanhando o movimento da massa salarial, o rendimento médio real pago aos trabalhadores cresceu 2,8% em agosto na comparação com julho, após ajuste sazonal. Nesse caso, o rendimento médio também é afetado pelos acordos de redução de jornada ou suspensão de contrato, e se encontra distante da realidade pré-pandemia. Na comparação com agosto de 2019, a queda é de 2,2%.

A avaliação da entidade é que os números reforçam a percepção de recuperação em V da atividade industrial, que veio acompanhada pelo crescimento do emprego, o que sugere maior confiança do empresário. Recuperação em V é um termo usado por economistas para relatar uma retomada intensa depois de uma queda vertiginosa na atividade econômica.

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) de agosto alcançou 78,1% e se encontra 0,8 ponto percentual abaixo do percentual de fevereiro deste ano. Além disso, a massa salarial registrou aumento de 4,5% em agosto, na comparação com julho. Para a CNI, o crescimento mais que compensou a queda do mês anterior, mas o indicador ainda está distante do patamar pré-pandemia e algumas empresas ainda estão adotando suspensão de contrato ou redução de jornada de trabalho.

Multinacionais em expansão

Na maior parte do período analisado, as multinacionais brasileiras tiveram desempenho melhor que a dos demais tipos de indústrias. Entre 2001 e 2008, enquanto as vendas externas das multinacionais subiram 18,8% ao ano, as das empresas restantes cresceram 17,4% ao ano. Entre 2008 e 2013, essas taxas somaram 4% e 2,2% ao ano, respectivamente.

Participação das multinacionais brasileiras na exportação sobe de 18% para 24%. Estudo da CNI mostra que fatia dessas empresas nas vendas ao exterior cresce a uma taxa mais elevada que a das demais indústrias de transformação. Veja: https://t.co/qIJbXTvAyw #MaisBrasilNoMundo pic.twitter.com/J29KkS0uNX

— CNI Brasil (@CNI_br) October 5, 2020
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