Salário mínimo deve aumentar mais de 10% em 2022, mas o crescimento não seria real por causa da inflação
Victor Meira - victor@jcconcursos.com.br Publicado em 21/12/2021, às 11h51
De acordo com o texto do relator do Orçamento 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), propôs um salário mínimo com um valor de R$ 1.210 no ano que vem. O valor consta no parecer apresentado ontem (20) na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso.
Este valor representa um aumento de 10,04% do salário mínimo atual de R$ 1,1 mil. A variação do montante ocorreu devido ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2021, que indica o aumento no salário mínimo.
Contudo, Leal explica que a projeção está defasada e aponta uma previsão atualizada de 10,18% do INPC, assim o valor poderia ser atualizado mais uma vez. Caso esse valor prevaleça, o salário mínimo subiria para R$ 1.212 no próximo ano.
Vale lembrar que a proposta original do governo, enviada em agosto, previa salário mínimo de R$ 1.169, mas não contemplava a inflação acima do previsto no segundo semestre deste ano, provocada principalmente pelo reajuste da energia e dos combustíveis.
Mesmo sem aumento real (acima da inflação), o valor exato do salário mínimo só será conhecido no fim de janeiro, após a divulgação do INPC consolidado de 2021 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Leal rejeitou o pedido do Ministério da Economia para incluir, em seu parecer, um reajuste salarial para servidores federais da área de segurança. Na semana passada, a pasta enviou um ofício com pedido para reservar R$ 2,8 bilhões do Orçamento do próximo ano para reajustar o salário de algumas categorias.
Desse total, R$ 2,5 bilhões viriam do Orçamento primário (formado pela arrecadação de tributos) para pagar os reajustes. Os R$ 355 milhões restantes sairiam da emissão de títulos públicos para financiar o aumento da contribuição da União para a Previdência dos servidores.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu um reajuste salarial para a categoria, mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda é reticente em conceder um aumento salarial.
*com informações da Agência Brasil
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