Segundo relatório da AEA, a exposição a substâncias químicas está entre as principais causas da doença, entre elas o câncer por poluição. Entenda os riscos
Glícia Lopes* | redacao@jcconcursos.com.br Publicado em 28/06/2022, às 20h27
A poluição do ar muitas vezes não é sentida de forma direta. Ela permanece presente no nosso dia a dia sem que nos demos conta de seus efeitos, que podem surgir a longo prazo, como o risco de câncer por poluição, apontado por um relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA), publicado pela Agência Brasil. Na investigação, o órgão identificou que aproximadamente 10% dos casos de câncer na Europa estão ligados à poluição.
Os dados podem ser alarmantes para quem vive nas grandes cidades, e convive diariamente com substâncias tóxicas presentes no ar, produzidas pela grande quantidade de automóveis e pelo funcionamento de usinas. De acordo com a Agência, substâncias químicas provenientes e liberadas em locais de trabalho também podem causar câncer. No entanto, a poluição do ar é responsável por 9% dos casos de câncer de pulmão na Europa.
Segundo o relatório da AEA, além da poluição aérea, o tabagismo passivo, e a exposição ao amianto, chumbo, arsênico, crômio, pesticidas, bisfenol A e as substâncias perfluoroalquílicas, estão entre as principais substâncias provocadoras de câncer na Europa. Há, ainda, os riscos com a exposição aos raios ultravioletas, seja artificial ou, principalmente solar, que ajudam a desenvolver a doença. Esses raios são responsáveis por cerca de 4% de todos os casos da doença.
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De acordo com a Agência Europeia do Ambiente (AEA), se adotadas políticas que atuem de forma rigorosa, os números alarmantes identificados no relatório podem sofrer uma queda radical. Por isso, para o órgão, os casos de câncer por poluição podem ser evitados, com a fiscalização e contenção da liberação das substâncias tóxicas citadas.
A Agência salienta, ainda, que os riscos de contaminação por substâncias cancerígenas, expostas no meio ambiente ou no âmbito profissional, podem ser reduzidos. Para o instituto, existe um nível de negligência nessas contaminações, pela falta de políticas voltadas para o controle da emissão de substâncias tóxicas no ar.
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*Estagiária sob supervisão da jornalista Mylena Lira
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