Combinação de remédios pode combater o câncer de mama; veja qual

O tratamento da doença tem avançado e a novidade neste cenário é a combinação de remédios para tratamento do câncer de mama. Veja quais são

Glícia Lopes   Publicado em 01/11/2022, às 14h21 - Atualizado às 14h31

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O tratamento do câncer de mama tem alcançado importantes avanços, como é o caso do exame de sangue que pode reconhecer a doença em fase precoce, como alternativa à mamografia. Agora, o que surge como novidade neste cenário é a combinação de remédios para tratar o câncer de mama.

Entre as mulheres, o câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer, do INCA, a doença foi responsável pela morte de 17.825 mulheres e de 207 homens em 2020.

Como avanço no tratamento da doença no Brasil, no dia 12 de setembro deste ano, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 98, incorporou um novo medicamento contra o câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS), o trastuzumabe entansina. O medicamento foi aprovado para uso em casos de câncer de mama HER2-positivo (HER2+), que tende a crescer e se disseminar de forma mais rápida do que os outros tipos desta doença.

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Combinação de remédios pode combater o câncer de mama

Os medicamentos que podem ser utilizados em combinação contra o câncer de mama fazem parte da classe de medicamentos “anticorpos conjugados a drogas” (ADCs). Estes produtos são utilizados tanto no tratamento do câncer de mama, quanto de bexiga e pulmão.

Os ADCs contém em sua composição um anticorpo unido a uma quimioterapia, aumentando o poder de eficácia desta última e diminuindo os efeitos colaterais dela. O ADC age de forma mais seletiva, fazendo com que a quimioterapia chegue especialmente nas células do tumor, o verdadeiro alvo, diminuindo o ataque contra às células saudáveis do organismo, o que provoca efeitos colaterais adversos.

O anticorpo presente nos ADCs é projetado para se unir quase exclusivamente aos receptores das células cancerígenas dos tumores, como é o caso da proteína HER-2 no câncer de mama, a fim de destruí-las. Quando consegue se conectar à célula do tumor, ele entra nesta célula e, assim, o anticorpo se separa da quimio. Desse modo, a quimioterapia é liberada dentro da célula cancerígena e começa a matá-la.

Os medicamentos utilizados neste tipo de terapia contra o câncer de mama são: o trastuzumabe entansina (também chamado de T-DM1), o trastuzumabe deruxtecana e o sacituzumabe govitecana. Para a comunidade científica, este é um enorme avanço no tratamento da doença, já que os ADCs possuem grande seletividade das células cancerígenas e é menos tóxico em comparação à quimioterapia pura.

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Para saber mais sobre o câncer de mama

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