Passar em um exame como o da Ordem dos Advogados do Brasil, embora pareça, não é nenhuma missão impossível.
Passar em um exame como o da Ordem dos Advogados do Brasil, embora pareça, não é nenhuma missão impossível. A aprovação não depende de qualquer fator externo, mas do próprio candidato, da sua dedicação aos estudos, do controle da sua ansiedade e das emoções, da sua capacidade em lidar com o fantasma no qual o exame se transformou. “Em se tratando do Exame de Ordem, o seu concorrente é você mesmo. O que se pretende é uma quantidade de acertos, não há disputa com outros candidatos”, lembra Vauledir Ribeiro, editor da Editora Método, pós-graduado em direito. Entretanto, é exatamente aí onde mora o problema.
O exame às vezes é encarado como bicho-de-sete-cabeças, mas não cospe fogo nem morde ninguém. A reprovação é correntemente vista como o fim de tudo, mas haverá pela frente outros exames, novas oportunidades, outras chances de saltar esse obstáculo. Quantos ‘nãos’ e quantas portas fechadas um homem de sucesso encara até o primeiro grande “sim” e a primeira porta aberta? Não há o que temer. “O mais difícil vem depois da aprovação. Os concursos públicos na área do direito exigem uma preparação maior do que a direcionada ao Exame, pois a concorrência é grande. As possibilidades são várias, mas todas requerem uma boa preparação”, afirma, com propriedade, Vauledir.
Não há nenhuma fórmula, nenhum método infalível de aprovação, mas existem meios de se preparar melhor e aumentar suas chances de obter êxito no Exame. Antes de iniciar os estudos, é importante ter uma ideia de como vai mantê-los, um plano que o oriente. “Programar o conjunto de matérias que devem ser estudadas e a viabilidade do tempo do candidato. Em seguida, distribuir as matérias nesse tempo. Aquelas com maior importância e dificuldade devem ser estudadas em um dia em que haja maior disposição intelectual, como, por exemplo, no fim de semana“, aconselha o juiz do trabalho Rogerio Neiva Pinheiro. “É importante o candidato conhecer a prova, suas características, seu formato, e buscar um bom material, bons livros. Se possível, um bom curso preparatório contribui bastante”, complementa ainda o editor da Método.
Segunda fase – Na fase final, o foco está em apenas uma disciplina, escolhida pelo próprio candidato no momento da inscrição, e inclui questões dissertativas e a elaboração de uma peça profissional. Sendo assim, é provável que se tenha então um certo domínio da disciplina eleita, supõe-se uma facilidade maior diante dela. Vauledir Ribeiro sustenta que uma boa preparação requer bastante treino. “Além de ser necessário ter uma familiaridade com a matéria escolhida, é preciso escrever bastante, exercitar”, ele recomenda. E faz um alerta: “O fato de se permitir consulta pode ser uma vantagem, porém, se o candidato não se preparar e exercitar, fatalmente os livros irão atrapalhar”.
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Por fim, Rogerio Neiva comenta que, além de todo o estudo, o fator psicológico conta muito. “A crença na aprovação é fundamental. É preciso ter convicção na viabilidade da aprovação, sugestionar o próprio inconsciente. Se o estudante não acreditar em si mesmo, o estímulo para encontrar o resultado não será o mesmo”, acredita ele. E, categórico, afirma: “Passa quem não desiste”.
Lygia Roncel
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