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Pressão: a inimiga número um do candidato

Uma prova importante traz para os candidatos, antes mesmo de ser aplicada, grande desgaste psicológico...

Redação
Publicado em 22/10/2009, às 14h37

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Uma prova importante traz para os candidatos, antes mesmo de ser aplicada, grande desgaste psicológico e carga excessiva de responsabilidade, o que pode afetá-los sobremaneira no dia de encará-la frente a frente. Mesmo todo o preparo anterior, as horas em que o estudante se debruça em livros e apostilas, o incansável estudo, os resumos decorados e o empenho, tudo pode ir por água abaixo quando o despreparo psicológico entra em cena. Parece até um filme de terror.

Só quem já se viu atormentado diante das folhas da prova sabe o horror que é perder o rumo justamente quando deveria encontrá-lo. A memória se apaga, uma espécie de sirene de alerta dispara no lugar do coração, as mãos gelam, a ideia de fracasso vem à tona, as palavras lidas se embaralham sem fazer sentido e nada do que se sabe parece suficiente para vencer aquela enxurrada de questões.

Segundo a psicóloga Denise Maria Perissini da Silva, os candidatos devem encarar a prova como apenas mais uma etapa, diante de tantas etapas que terão de vivenciar. E, caso não consigam os pontos necessários, não devem encarar o fato como uma aniquilação completa, mas sim analisar o que aconteceu e utilizar isso como aprendizado para a próxima oportunidade. Com ela concorda o psicólogo jurídico e professor Jorge Trindade: “Na vida haverá sucessos e fracassos. Isso faz parte do crescimento pessoal. O fracasso, se houver, deve ser encarado como um processo que faz parte do amadurecimento e aprendizado. Portanto, nada de deixar a peteca cair. Abaixo à depressão. Cabeça para frente, muito estudo e, principalmente, muita garra e concentração”.

Como lidar com as pressões – Pressões vêm de todos os lados. Dos pais, dos colegas de trabalho, dos professores, dos amigos e até de si mesmo. Para quem está prestes a enfrentar um exame, todo comentário vindo do outro é encarado como uma crítica ou uma forma de cobrança. Na maioria das vezes, porém, a intenção é ajudar ou estimular. “Algumas pessoas fazem comentários que podem parecer pressão, porque não conhecem outra forma de fazê-lo”, afirma Denise Perissini. Em vez de fazer tais comentários, melhor seria reconhecer as habilidades do candidato, o que funcionaria como um reforço positivo. “Aspectos bons e saudáveis devem ser reconhecidos, valorizados e incentivados”, frisa Jorge Trindade.

De acordo com Perissini, os pais muitas vezes depositam nos filhos suas realizações e frustrações, querem que seus filhos sejam o que não puderam ser ou, o que é pior, que sejam exatamente o que são. Os filhos, por sua vez, sentem-se extremamente pressionados e, caso falhem, abrem espaço à sensação de inferioridade. “Muitos desistem, buscam outras carreiras, sentindo raiva de si mesmos e/ou dos outros. Sentem que o fracasso é uma humilhação e uma forma de traição e decepção aos pais. Na verdade, isso ocorre porque o próprio candidato, durante o curso ou no momento do exame, anulou-se como pessoa, aceitando as expectativas alheias (e assumindo como suas)”, diz Denise.

O melhor modo de driblar as pressões, segundo ela, é estabelecendo suas próprias expectativas em relação à carreira, sabendo distinguir bem as suas verdadeiras expectativas das dos outros e os motivos que cada um tem para mantê-las. O professor Jorge Trindade dá outra dica a quem será examinado: “Só você sabe de você. Aceite a pressão e encare com otimismo e como mais um desafio a ser vencido”.

Para se preparar – Para evitar que os estudos sejam ameaçados pela instabilidade emocional, os candidatos devem preparar o lado psicológico e se cercar de fatores que aumentem a segurança e diminuam a ansiedade. “Em primeiro lugar, devem ter se preparado bem do ponto de vista acadêmico e, se possível, haver revisado a matéria ou pelo menos aqueles pontos mais importantes”, aconselha Trindade. Isso já garante uma dose de tranquilidade na hora de sentar-se frente à prova, mas ainda não é o suficiente. Outros fatores também são fundamentais para um bom desempenho.

Na rotina de estudos, por exemplo, Denise Perissini recomenda que os estudantes delimitem horário para início e término, com intervalos entre os estudos para que descansem, façam outra atividade e se alimentem. No final da jornada diária, o ideal é um momento de meditação ou relaxamento. Disciplina, organização, local apropriado para estudar e uma alimentação saudável, com alimentos de fácil digestão e com nutrientes suficientes para a oxigenação e a memorização, também contam – e muito – a favor. Os psicólogos são unânimes em apontar como benéficas as atividades físicas não desgastantes e sempre precedidas de alongamento, como forma de relaxar, estimular o organismo e contribuir com a auto-estima, além do respeito às horas necessárias de sono, pois a falta deste prejudicaria a concentração e causaria transtornos à memória, como distração e distorção da informação. “A médio prazo, a redução em períodos de sono pode causar irritabilidade, problemas emocionais, excesso de toxinas no organismo (que seriam eliminadas no período de sono)”, alerta Denise.

O descanso e o lazer também são personagens, muitas vezes vistos como vilões, mas que, na dose certa, têm papel importante e motivador na vida dos candidatos. Tudo depende do estabelecimento de prioridades. “Nada de perder tempo com coisas sem nenhum valor ou que podem ser deixadas para depois. Não se sabote!”, aconselha Trindade. No entanto, só de estudo não é saudável viver. Gastar o tempo em outras atividades ajuda a “carregar as baterias”, diminui a ansiedade e melhora a sensação de bem-estar.

Na véspera da prova– Alimentar-se bem e ter uma boa noite de sono, como já dito acima, é essencial para sentir-se bem disposto no dia do exame. “Não estude na véspera! Durma até mais tarde, vá passear, jogar bola, vá ao cinema, qualquer coisa menos estudar”, sugere Denise. É importante também ocupar-se da logística: meio de transporte, local da prova, materiais necessários, roupa que irá vestir (o mais confortável possível) e até os alimentos que levará para consumir durante a prova. “Pessoalmente, eu não acredito em superstição, mas se o candidato tiver uma crença positiva isso sempre poderá ajudar”, finaliza o professor Jorge Trindade.

Lygia Roncel

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