A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a tendência mais a esquerda da América Latina. Confira posicionamento ideológico dos países
Após as eleições de 2018, o Brasil seguiu a tendência ideológica da América Latina e elegeu Jair Bolsonaro como presidente. Até aquele ano, o subcontinente enfrentava uma onda de direita. Dos 20 países do subcontinente, somente sete tinham uma orientação à esquerda. Na América do Sul, apenas Venezuela, Equador, Bolívia e Uruguai estavam mais posicionados no lado vermelho
Contudo, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o continente confirmou uma reversão da tendência de direita no continente. Se antes o mapa era pintado de azul, agora ele está de vermelho. Inclusive, a reversão ocorre de forma simétrica. Dos 20 países da América Latina, hoje, somente sete são de direita.
Confira abaixo os países e a orientação dos seus governos:
País | 2018 | 2022 |
Argentina | Direita | Esquerda |
Bolívia | Esquerda | Esquerda |
Brasil | Direita | Esquerda |
Chile | Direita | Esquerda |
Colômbia | Direita | Esquerda |
Costa Rica | Direita | Direita |
Cuba | Esquerda | Esquerda |
Equador | Esquerda | Direita |
El Salvador | Esquerda | Direita |
Guatemala | Direita | Direita |
Haiti | Direita | Direita |
Honduras | Direita | Esquerda |
México | Direita | Esquerda |
Nicarágua | Esquerda | Esquerda |
Panamá | Direita | Esquerda |
Paraguai | Direita | Direita |
Peru | Direita | Esquerda |
República Dominicana | Esquerda | Esquerda |
Uruguai | Esquerda | Direita |
Venezuela | Esquerda | Esquerda |
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Mas o que será que reverteu essa tendência da direita para a esquerda? Uma reportagem da Revista Veja aponta que a volta da esquerda para grande parte da América Latina foi um movimento mais antissistema do que afinidade ideológica.
Nos últimos quatro anos, as crises econômicas motivaram alterações de governo. Durante este período, houve a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia, que provocaram desaceleração econômica destes países. Logo, aconteceu um aumento do custo de vida, produção agrícola sob ameaça e desvio das prioridades dos países ricos para outras regiões do planeta.
Dessa forma, a população buscou uma alternativa para a resolução destes problemas.
“Lula surge como a esperança de, no cenário ideal, ressuscitar o agonizante Mercosul, contribuir — inclusive financeiramente — para tirar vizinhos do buraco e reverter a irrelevância do bloco”, explica a reportagem da revista Veja.
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