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Apesar do aumento recorde de arrecadação, contas públicas têm um déficit de R$ 19,8 bilhões em julho

O déficit de R$ 19 bilhões foi considerado baixo, pois o mercado financeiro esperava um rombo de R$ 31 bilhões nas contas públicas

Apesar do aumento recorde de arrecadação, contas públicas têm um déficit de R$ 19,8 bilhões em julho
Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br
Publicado em 31/08/2021, às 12h01

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A receita líquida do governo federal cresceu 41,4% em julho, acima da inflação oficial medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), com um valor de R$ 139,128 bilhões. Esta é a maior receita para um mês de julho desde  1995, ano em que a série histórica iniciou com a Receita Federal, valores corrigidos pela inflação. Apesar do aumento histórico de arrecadação, o déficit do Governo Central ( gastos com Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) apresentou um resultado negativo de R$ 19,829 bilhões.

Mesmo com o resultado negativo, o valor representa uma queda de 79,3% em relação ao déficit do mesmo mês de 2020. Na época, o governo federal aumentou a quantidade de gastos para combater a pandemia de covid-19, além de ter uma queda na arrecadação com o fechamento de empresas e comércios para estimular o distanciamento social. Em julho de 2020, o déficit tinha ficado em R$ 87,886 bilhões, resultado negativo recorde para o mês.

Ainda que o déficit esteja na casa de R$ 19 bilhões, o resultado foi melhor que o previsto. De acordo com a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Economia, as instituições financeiras projetavam déficit primário de R$ 31,4 bilhões para julho.

Para 2021, a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) tem uma meta de déficit de R$ 247,1 bilhões para o Governo Central, porém o projeto de lei, aprovado no fim de abril, permite o abatimento da meta de até R$ 40 bilhões de gastos. Este valor pode ser deduzido nos gastos relacionados com as medidas de enfrentamento da pandemia. 

Dos R$ 40 bilhões autorizados pelo Congresso, R$ 20 bilhões são destinados para saúde, R$ 10 bilhões ao programa de redução de jornada e suspensão de contrato e R$ 10 bilhões ao Pronampe, programa que fornece crédito emergencial a micro e pequenas empresas.

O déficit primário representa o resultado negativo nas contas do governo sem considerar os juros da dívida pública. Com o desempenho de julho, o Governo Central acumula déficit primário de R$ 73,432 bilhões nos sete primeiros meses de 2021. Esse foi o terceiro maior déficit para o período, só perdendo para o ano passado e para julho de 2017, quando o superávit acumulado de janeiro a julho havia atingido R$ 505,232 bilhões e R$ 76,663 bilhões, respectivamente.

*trechos com informações da Agência Brasil

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