Assim como no Brasil, a inflação na Europa é uma das principais preocupações para os governantes dos países
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br
Publicado em 21/07/2022, às 11h49
Subir a taxa de juros com frequência é uma prática natural no Brasil. A cada reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), nos últimos dois anos, a expectativa é o crescimento da Selic. Mas essa realidade é muito rara na Europa e aconteceu nesta quinta-feira (21).
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou o aumento na taxa de juros pela primeira vez desde o ano de 2011. Além disso, o órgão apresentou um programa de compra de títulos para manter os custos dos empréstimos sob controle para os países mais endividados da zona do euro.
A elevação foi em 0,5 ponto percentual, trazendo a sua taxa de depósitos de -0,5% para 0% e a de empréstimos de 0,25% a 0,75%. A instituição mantinha as taxas negativas desde 2014, ao lidar com a crise da dívida soberana da região e a pandemia de coronavírus.
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“O Conselho do BCE julgou apropriado dar um primeiro passo maior em seu caminho de normalização da taxa básica do que o sinalizado em sua reunião anterior”, disse o BCE em comunicado.
"Nas próximas reuniões do Conselho [do banco], uma maior normalização das taxas de juros será apropriada", afirma a instituição. "A antecipação hoje da saída dos juros negativos permite que o Conselho faça uma transição para uma abordagem reunião por reunião em relação às decisões sobre as taxas de juros", informou o banco.
O movimento do Banco Central Europeu é uma tentativa para frear a inflação no continente, que está no maior patamar desde a década de 1980. Ontem (20), o Bank of England, o banco central inglês, divulgou que a taxa de inflação atingiu a marca de 9,4%, a maior desde 1983.
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Na zona do euro, a inflação está um pouco menor, mas ainda em um nível preocupante. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) foi de 8,6% em 12 meses, ante os 8,1% registrados em junho.
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