O presidente Lula nomeou a diplomata Maria Luiza Viotti para chefiar a embaixada do Brasil nos EUA, a primeira mulher a ocupar esse posto. Carreira de diplomata exige aprovação em concurso público
Nesta segunda-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou a diplomata Maria Luiza Viotti para o cargo de embaixadora do Brasil nos Estados Unidos. Com essa nomeação, Maria Luiza se tornará a primeira mulher a comandar a representação brasileira no país norte-americano. Continue a leitura para saber mais sobre a carreira de diplomata, que exige aprovação em concurso público.
Maria Luiza Viotti, de 69 anos e natural de Belo Horizonte, ingressou na carreira diplomática em 1976 e possui uma vasta experiência na área. Durante sua trajetória, ocupou cargos de destaque, incluindo diretora do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais (2004 a 2006) e diretora do Departamento de Organismos Internacionais (2006 a 2007).
No âmbito internacional, ela chefiou o gabinete do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, de 2017 a 2022. Anteriormente, atuou como conselheira na embaixada do Brasil em La Paz, na Bolívia, embaixadora-representante permanente na Organização das Nações Unidas (2007 a 2013) e embaixadora do Brasil em Berlim (2013 a 2016), na Alemanha.
A nomeação de Maria Luiza Viotti como embaixadora nos EUA foi oficializada por meio de publicação no Diário Oficial da União. Essa escolha reforça o compromisso do governo brasileiro com a representatividade e a equidade de gênero no alto escalão da diplomacia.
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Além da nomeação de Viotti, o governo anunciou outras indicações de diplomatas para embaixadas brasileiras em diferentes países:
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O chefe de embaixada, também conhecido como embaixador, é o representante máximo de um país no exterior. Essa posição envolve diversas responsabilidades e funções de grande relevância. Alguns dos principais papéis desempenhados por um embaixador incluem:
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Para chegar ao posto de chefe de embaixada, são necessários alguns requisitos e critérios específicos. O primeiro deles é se tornar um diplomada, carreira que exige aprovação em concurso público. O Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD) é realizado anualmente pelo Instituto Rio Branco (IRB), que é a instituição de formação diplomática do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Inclusive, o novo edita para concurso de diplomata está prestes a sair. A seleção já conta com banca organizadora definida, o Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades), e 30 vagas autorizadas. Porém, a oferta de vagas pode subir para 50 porque o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos enviou um pedido, em 23 de maio, para a inclusão de mais 20 oportunidades.
Para concorrer, é preciso ter formação superior. Embora não haja uma área específica de formação exigida, é comum que os candidatos tenham formação em áreas como Relações Internacionais, Direito, Economia, Ciências Políticas ou áreas correlatas. Os diplomatas aprovados são nomeados terceiros-secretários e recebem remuneração inicial de R$ 21.584,98, já considerando o auxílio-alimentação de R$ 658.
O concurso IRB 2023 será composto por três etapas: uma prova objetiva e duas provas escritas. O exame objetivo exigirá a resolução de questões de múltipla escolha sobre as seguintes disciplinas:
Já a primeira prova escrita demandará conhecimentos sobre língua portuguesa e língua inglesa. Por fim, a segunda prova escrita avaliará os candidatos sobre conteúdo de história do Brasil; política internacional; geografia; economia; direito; língua espanhola e língua francesa.
Entre as funções que deverão ser exercidas pelo diplomata estão:
Quem sonha em se tornar embaixador deve ter uma sólida experiência no serviço diplomático. Isso pode incluir o desempenho de funções em embaixadas estrangeiras, participação em negociações internacionais, trabalho em órgãos governamentais relacionados à diplomacia, entre outros.
O domínio de idiomas estrangeiros é essencial para o desempenho das funções de um embaixador. Além da língua do país onde será acreditado, é importante ter proficiência em inglês e/ou francês, que são línguas amplamente utilizadas no âmbito diplomático.
Além disso, um embaixador deve ter habilidades sólidas de comunicação, negociação, resolução de conflitos e liderança. É necessário ser capaz de estabelecer e manter boas relações com autoridades estrangeiras, representantes da sociedade civil, empresários e outros atores relevantes.
Também é esperado que o embaixador tenha um bom conhecimento do país onde será acreditado, incluindo sua cultura, história, política e economia. Isso facilita a integração e a compreensão do contexto local, além de permitir uma atuação mais eficaz em nome do seu país.
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