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Caramujo africano: espécie transmite tipo raro de meningite; veja os cuidados necessários

O caramujo africano é uma espécie invasora que representa a segunda maior ameaça à biodiversidade de todo o planeta; Confira os cuidados necessários

O caramujo africano é comestível e já transmitiu a doença nos 26 estados e no Distrito Federal
O caramujo africano é comestível e já transmitiu a doença nos 26 estados e no Distrito Federal - Pixabay/ND

Pedro Miranda* | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 28/03/2022, às 21h52 - Atualizado às 21h53

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A espécie de caracol gigante, importada da África na década de 1980, pode transmitir um tipo específico de meningite. O caramujo africano já transmitiu a doença nos 26 estados e no Distrito Federal. Segundo dados da União Internacional para a Conservação da Natureza, as espécies invasoras representam a segunda maior ameaça à biodiversidade de todo o planeta.

O caracol terrestre Achatina fulica, popularmente conhecido como Caramujo Gigante Africano é um dos principais transmissores da meningite eosinofílica, que diferente da meningite mais conhecida, é causada por um verme presente na carne e no muco. O caracol gigante foi trazido para o Brasil pelos criadores de escargot, um caramujo comestível muito apreciado pelo ser humano, porém o sabor da espécie não foi apreciado pela população.

Essa espécie de caracol é considerada uma praga agrícola que traz prejuízos aos agricultores não apenas para as colheitas, mas também os custos econômicos. Além disso, a espécie é portadora de parasitas, incluindo aqueles que prejudicam humanos e plantas. 

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Confira os cuidados necessários ao encontrar o caramujo africano

De acordo o portal Brasília Ambiental, a identificação de caracóis africanos é essencial, especialmente durante a catação. A espécie exótica não deve ser confundida com o caramujo nativo brasileiro, Megalobulimus sp, pois é uma espécie da fauna do país e sua eliminação implicaria em desequilíbrio ecológico e impacto nas populações de moluscos brasileiros.

A pesquisadora Silvana Thiengo, chefe do Laboratório de Malacologia do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), dá detalhes de como a população pode ajudar no controle da infestação. Silvana considera importante que as pessoas que encontrem e detectem esse caramujo, nos jardins, nos quintais, recolham a espécie. Além de coletar, antes do descarte no lixo, a pesquisadora alerta para a necessidade de matar o caracol para não contaminar os lixões.

O indicado é que mate com água fervente, pois colocar sal na água não é eficaz.
Não é indicado o uso de venenos (mesmo os específicos para caracóis) devido ao alto risco de envenenamento em gado, crianças e adultos. Esses acidentes são fatais e são esperados mesmo sob controle total. Além disso, outras espécies como aves também são afetadas.

Outro alerta é o de não tentar criá-los, já que há legislação proibindo a prática. Em caso de dúvidas sobre manipulação do caracol ou receio de tomar alguma atitude, você deve ligar imediatamente para o Ibama da sua região através do número: 0800 061 8080. 

*Estagiário sob supervisão do jornalista Jean Albuquerque

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