Neste final de semana, o empréstimo consignado do Auxílio Brasil foi suspenso por problemas técnicos e retoma na próxima segunda-feira (24)
Liberado na reta final do 2º turno das eleições presidenciais, o empréstimo consignado do Auxílio Brasil pode ser considerado um problema e não uma solução para os beneficiários.
Diante disso, a área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) interpretou que a liberação do consignado do Auxílio Brasil é uma estratégia eleitoral. Por isso, o órgão recomendou a sua suspensão.
Contudo, a Caixa Econômica Federal nega que a liberação do consignado tenha relação com as eleições.
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A presidente do banco estatal, Daniella Marques, já comentou em mais de uma oportunidade que o consignado do Auxílio Brasil tem razões técnicas e não eleitoreiras.
Um levantamento feito pelas reportagens do G1 e do portal UOL revela que os usuários do Auxílio Brasil têm planos para usar o empréstimo consignado, seja para pagar uma dívida atrasada ou comprar algum item. Apesar disso, as matérias citam que os beneficiários ainda têm dúvidas sobre quem assumirá a dívida caso o auxílio seja cancelado.
"A maioria das pessoas ouvidas não sabiam que o valor das prestações será abatido do próprio do benefício, que até dezembro será de R$ 600", diz o G1.
Entretanto, quem vai arcar com as dívidas do empréstimo consignado do Auxílio Brasil é o próprio beneficiário e não o governo. Inclusive, caso o benefício seja cancelado, a dívida continua no nome da pessoa e ela terá que pagar pelo empréstimo.
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Diante deste desconhecimento dos beneficiários, especialistas alertam para o risco de inadimplência. No Twitter, o colunista de economia do UOL, José Paulo Kupfer, informa que para a população de inadimplentes, com dívidas concentradas em cartões de crédito, com juros de 350% ao ano, é racional trocá-las por um consignado a 50% ao ano.
Além disso, o beneficiário ainda pode pegar esse dinheiro mesmo com o nome negativado.
“É provável que o alívio na inadimplência de hoje ou a compra de equipamentos e/ou produtos para tentar algum empreendimento, se torne de novo inadimplência amanhã. Mas Bolsonaro quer votos a todo custo, a economia e os dramas sociais a gente vê depois”, critica o colunista.
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É provável que o alívio na inadimplência de hoje ou a compra de equipamentos e/ou produtos para tentar algum empreendimento, se torne de novo inadimplência amanhã. Mas Bolsonaro quer votos a todo custo, a economia e os dramas sociais a gente vê depois.
— José Paulo Kupfer (@jpkupfer123) October 19, 2022
Também no Twitter, o mestre em Economia Internacional Carlos Góes também é crítico do empréstimo consignado do Auxílio Brasil.
“Esse é um falso consignado. Consignado tem juro baixo pq a probabilidade do cara ser demitido é próxima de zero. Não tem risco pro banco. Aqui há a probabilidade da família sair da lista de beneficiários”, dispara.
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