Taxa Selic em 13,75% ao ano, os juros têm um impacto significativo na dívida pública. Houve uma emissão líquida de R$ 10,19 bilhões da DPFe
O estoque total da Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil registrou um aumento de 2,38% em abril, atingindo o valor de R$ 6,03 trilhões, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (29) pela Secretaria do Tesouro Nacional, ligada ao Ministério da Fazenda. Esse aumento representa um acréscimo nominal de R$ 140,12 bilhões em relação ao mês anterior.
Segundo o Ministério da Fazenda, esse aumento se deve principalmente à emissão líquida (emissões menos resgates) no valor de R$ 92,30 bilhões, e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 48,15 bilhões. Vale ressaltar que foi realizada uma transferência de R$ 0,34 bilhão para a carteira do Banco Central.
A previsão do Tesouro é que a DPF continue subindo nos próximos meses. Conforme o Plano Anual de Financiamento (PAF) 2023, apresentado no final de janeiro, espera-se que o estoque da DPF encerre o ano entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões.
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O governo reconhece mensalmente a correção dos juros incidentes sobre os títulos, por meio da apropriação de juros, o que acaba aumentando o endividamento do governo. Com a taxa Selic em 13,75% ao ano, os juros têm um impacto significativo na dívida pública.
No mês de abril, a Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) totalizou R$ 116,51 bilhões, enquanto os resgates foram de R$ 34,39 bilhões, resultando em uma emissão líquida de R$ 82,12 bilhões. Os destaques foram as emissões de títulos prefixados (49,55%) e de títulos remunerados por índice de preços (29,5% do total). Já os títulos remunerados à taxa flutuante tiveram uma redução de participação, passando de 39,08% para 38,84%.
Além disso, houve uma emissão líquida de R$ 10,19 bilhões da Dívida Pública Federal externa (DPFe), contraída no mercado internacional, totalizando assim os R$ 92,30 bilhões de emissão líquida total. O Tesouro informou que essa é a maior emissão líquida desde junho de 2021.
Em relação à reserva de liquidez da dívida pública, também conhecida como colchão, houve um aumento em abril, chegando a mais de R$ 1 trilhão. Esse valor representa um crescimento nominal de 1,57%. No entanto, mesmo com esse aumento, o colchão garante o pagamento dos próximos 8,55 meses de vencimentos da DPF, um período ligeiramente menor do que os 9,22 meses registrados em março.
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