Os servidores federais estão há três anos com os salários congelados e a promessa de reajuste salarial feita neste ano não foi posta em prática. Hoje, durante campanha eleitoral, voltou a prometer aumento
Os servidores públicos federais estão há três anos com os salários congelados. A melhora da remuneração estava prevista para este ano, conforme o presidente Jair Bolsonaro havia prometido. Porém, em junho, descartou recompor o salário do funcionalismo. Agora, no meio da campanha à reeleição, prometeu reajuste salarial para 2023.
Inicialmente, Bolsonaro havia anunciado para 2022 a melhora nos salários de algumas carreiras apenas:
Porém, após ameaça de greve dos que ficaram de fora, o presidente informou um reajuste de 5% para todos os servidores. Contudo, a equipe econômica de Bolsonaro já havia alertado que o aumento geraria impacto financeiro de R$ 5,8 bilhões - valor muito superior aos R$ 1,7 bilhões que o governo tinha reservado para o gasto com pessoal em 2022. Portanto, a promessa foi feita sabendo que não havia dinheiro no orçamento deste ano para pagar.
Resultado: Bolsonaro precisou voltar atrás e não conseguiu sustentar o aumento de 5%. Ele chegou a prometer dobrar o vale-alimentação, o que também não foi concretizado. Portanto, os funcionários dos órgãos federais continuam com a folha de pagamento defasada.
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Candidato à reeleição pelo PL (Partido Liberal), Bolsonaro disse hoje (30) que em 2023 o governo fará um reajuste para os servidores públicos. A declaração foi feita em Brasília, durante participação no evento Diálogos com Candidatos à Presidência da República promovido pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS).
Contudo, não especificou o percentual de aumento nem se há orçamento para isso. “A gente vai fazer, com responsabilidade, vai atender às categorias que passaram momentos difíceis, mas acredito que com o não concurso, a aposentadoria [reforma da Previdência] e outras coisas, a gente encaixa dentro da [lei de] responsabilidade esse extra que vamos conceder de reajuste aos servidores”, ressaltou.
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Também voltou a falar na reestruturação de carreiras, como a da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Além disso, reafirmou que não vai mexer na estabilidade dos atuais servidores: "vamos respeitar o direito adquirido”. Segundo ele, a reforma administrativa enviada pelo governo ao Congresso só impactará os futuros servidores.
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