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Enem tem corte orçamentário de R$ 81,2 milhões; saiba como fica o exame

Questionado sobre o modo como otimizou os recursos, o Inep não havia respondido até às 12h desta sexta. Corte pode comprometer aplicação do Enem

Corte pode comprometer aplicação do Enem, que já vinha enfrentando problemas
Corte pode comprometer aplicação do Enem, que já vinha enfrentando problemas - Agência Brasil

Pedro Miranda* | redacao@jcconcursos.com.br
Publicado em 24/06/2022, às 18h43

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgou que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi cortado em 81,2 milhões de reais este ano. O órgão também é responsável pela aplicação da prova. Os cortes do Enem decorrem do bloqueio orçamentário imposto pelo governo federal. A pasta da educação foi uma das mais afetadas pelo bloqueio de verbas, totalizando mais de 8,7 bilhões de reais.

Só no Ministério da Educação (MEC), o orçamento total foi de quase 1,6 bilhão de reais, segundo o Ministério da Economia. Para o Enem, o orçamento projetado é de R$ 163,7 milhões, o que, segundo o Inep, "se converteu em um corte orçamentário efetivo de R$ 81.221.528,00".

O Inep também é responsável por provas como Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o Exame Nacional para a Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

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Corte pode comprometer aplicação do Enem, que já vinha enfrentando problemas

Especialistas temem que os cortes orçamentários prejudiquem a aplicação do teste, que tem enfrentado problemas nos últimos anos. O Inep, que não fez nenhuma tentativa de reverter os cortes orçamentários, disse que o Enem 2022 está "preservado" e que "tudo ocorrerá dentro do planejado".

O Enem é a principal porta de entrada para os jovens acessarem o ensino superior no Brasil. Este ano, os registros cresceram 11,6%. No total, 3.396.597 pessoas confirmaram suas inscrições no exame. Na versão 2021, foram 3.040.908 confirmações. A prova será realizada de 13 a 20 de novembro.

Questionado sobre o modo como otimizou os recursos, o Inep não havia respondido até as 12 horas desta sexta-feira (24). Ao Estadão, o líder de relações governamentais do movimento Todos pela Educação, Lucas Hoogerbrugge, disse que o corte pode afetar etapas no processo da prova, “desde a operação logística até o banco de itens, que tem a ver com a credibilidade (do exame)”. Ele lembra que o orçamento para a prova do Enem vem caindo ano a ano.

O problema também fica evidente com a situação no ano passado, no qual faltou questões do Banco Nacional de Itens, uma espécie de banco de perguntas, que fez com que as provas não incluíssem temas mais atuais. O que acabou impactando a na ausência de novas questões em 2020 e 2021.

Estagiário sob supervisão do jornalista Jean Albuquerque

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