Representantes sindicais anunciaram que paralisação continuará até a meia-noite de quarta (29); Entidades veem oportunidade para discutir privatizações
Os representantes sindicais dos trabalhadores dos serviços públicos de São Paulo anunciaram que a paralisação continuará até a meia-noite de quarta-feira (29). Durante uma coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (28), destacaram o êxito da greve em termos e veem a ação como oportunidade para discutir privatizações no Estado.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintraema), José Faggian, enfatizou à Agência Brasil, que o impacto significativo da paralisação reside na promoção do debate com a população sobre os riscos da privatização, não apenas da Sabesp, mas também do Metrô e da CPTM.
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Faggian salientou que, apesar da natureza corporativa da greve na defesa dos empregos e interesses dos trabalhadores da Sabesp, a união planeja garantir que a população paulista tenha acesso a serviços públicos de qualidade.
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Ele ainda destacou a importância do saneamento e ressaltou que a Sabesp, como empresa pública, oferece um serviço de excelência, é lucrativa e abrange quase totalmente a universalização, atendendo a 70% da população em 375 municípios.
O presidente do Sintraema ressaltou que não existem argumentos razoáveis para insistir na privatização da Sabesp, citando experiências anteriores no Brasil e no mundo, onde a privatização resultou em precarização e aumento das tarifas, prejudicando a qualidade do serviço. Faggian enfatizou a preocupação com a saúde da população e a importância do saneamento básico.
A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, também ouvida pela Agência Brasil, revelou que a categoria propôs a liberação das catracas pelo governo estadual para permitir o uso gratuito do transporte sob trilhos pela população. No entanto, a resposta foi negativa, evidenciando a intransigência do governo em meio à greve.
Os sindicatos argumentam que, mesmo tendo elegido o governador, a população tem o direito de questionar as medidas, especialmente em setores estratégicos. Eles destacam o apagão da Enel como um exemplo crítico das consequências das privatizações e instam o governador a participar de um debate aberto para esclarecer as preocupações da sociedade e considerar um plebiscito sobre as privatizações.
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